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Bolsa brasileira tem 1ª queda semanal em 2018; dólar sobe

DANIELLE BRANT SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A preocupação com mudanças na condução da política monetária nos países desenvolvidos derrubou os principais mercados mundiais nesta sexta-feira (2) e provocou a primeira queda semanal da Bolsa brasileira neste

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 02.02.2018, 19:00:00 Editado em 02.02.2018, 19:00:08
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DANIELLE BRANT

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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A preocupação com mudanças na condução da política monetária nos países desenvolvidos derrubou os principais mercados mundiais nesta sexta-feira (2) e provocou a primeira queda semanal da Bolsa brasileira neste ano.

O Ibovespa, índice das ações mais negociadas, caiu 1,70%, para 84.041 pontos. Na semana, a queda foi de 1,8% --a primeira baixa semanal desde a encerrada em 15 de dezembro.

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O volume financeiro negociado foi de R$ 10,2 bilhões --no ano, a média diária está em R$ 9,7 bilhões.

O dólar comercial subiu 1,45%, para R$ 3,215. Na semana, a alta foi de 2,36%. O dólar à vista avançou 1,37%, para R$ 3,216 --avanço de 2,19% na semana.

A queda da Bolsa brasileira acompanhou um mau humor generalizado nos principais mercados. Na Europa, a Bolsa de Londres recuou 0,63%. Paris teve queda de 1,64%. Na Bolsa de Frankfurt, a desvalorização foi de 1,64%. Madri (-1,81%), Milão (-1,44%) e Lisboa (-1,61%) também terminaram em terreno negativo.

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Nos Estados Unidos, os indicadores mais importantes afundaram. O Dow Jones, que reúne as ações mais negociadas, recuava 2,48% às 18h48 e caminhava para o pior dia desde 24 de junho de 2016 (-3,39%). Também foi a pior semana para o índice em mais de dois anos, desde a encerrada em 8 de janeiro de 2016. 

O S&P 500 tinha queda diária de 1,92% no horário, enquanto a Nasdaq perdia 1,81%.

A piora nos mercados americanos e que acabou respingando no Brasil ocorreu após dados que confirmaram que o mercado de trabalho americano está sólido, com forte criação de vagas e alta nos salários que sinalizam que a inflação nos EUA vai acelerar em direção à meta de 2% ao ano estabelecida pelo Federal Reserve (Fed, banco central americano).

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Foram criadas 200 mil vagas de trabalho fora do setor agrícola, ante 160 mil em dezembro, de acordo com dados do Departamento do Trabalho americano. O centro de expectativas de economistas consultados pela agência internacional Bloomberg era de geração de 180 mil postos de emprego. 

O desemprego se manteve em 4,1%, menor patamar em 17 anos.

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"O noticiário lá fora pesou, com preocupação sobre o aperto monetário nos principais bancos centrais. Há sinalização de mudança no Japão e dúvidas sobre o Fed", afirma Mário Roberto Mariante, analista chefe da Planner Corretora.

Analistas esperam que o banco central americano eleve os juros três vezes neste ano, mas os dados mais fortes do mercado de trabalho desta sexta reforçaram a possibilidade de mais altas. Os juros das treasuries --títulos do governo americano-- atingiram os maiores níveis em quatro anos cinco minutos após a divulgação dos dados de emprego. 

No mundo, o dólar reagiu e se valorizou ante 29 das 31 principais divisas do mundo.

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O CDS (credit default swap, termômetro de risco-país) do Brasil subiu 4,2%, para 150,9 pontos. Foi a maior alta diária desde 20 de setembro de 2017.

No mercado de juros futuros, os contratos mais negociados tiveram desempenho misto. O contrato com vencimento em abril de 2018 recuou de 6,667% para 6,665%. Já o contrato para janeiro de 2019 subiu 6,805% para 6,835%.

AÇÕES

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No mercado brasileiro, a sessão foi de baixa espalhada. Das 64 ações, 59 caíram. 

As únicas altas vieram das ações da Embraer, que liderou os ganhos do Ibovespa, com alta de 4,41%.

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O avanço ocorreu após a Boeing sugerir a criação de uma empresa em conjunto com a brasileira para atuar no desenvolvimento de novas aeronaves civis e promover regionalmente a linha de jatos regionais da Embraer.

A FIbria avançou 1,84%. Usiminas (+0,85%), Suzano (+0,81%) e Cosan (+0,02%) também fecharam no azul.

Na ponta contrária, as ações da Via Varejo lideraram as perdas, com queda de 4,16%. A EcoRodovias caiu 4,13%, e a WEG perdeu 3,19%.

Depois de caírem quase 3%, as ações do Bradesco tiveram novo dia de desvalorização nesta sexta. Os papéis preferenciais recuaram 3,15%, e os ordinários caíram 2,49%.

As ações do Itaú Unibanco, que divulga seu balanço na próxima segunda (5), caíram 1,26%. Banco do Brasil recuou 1,36%, e as units --conjunto de ações-- do Santander Brasil perderam 0,55%.

A Petrobras caiu mais de 2%, em dia de desvalorização do petróleo no exterior. As ações mais negociadas caíram 2,68%, para R$ 19,97. Os papéis com direito a voto tiveram baixa de 2,67%, para R$ 21,54.

As ações ordinárias da Vale se desvalorizaram 2,37%, para R$ 40,80.

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