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Com alta no crédito, lucro do Bradesco sobe 11% em 2017

DANIELLE BRANT SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O Bradesco viu seu lucro líquido crescer 11,1% no ano passado, para R$ 19,024 bilhões, na comparação com 2016. O resultado se deu em meio a um recuo da carteira de crédito na base anual, especialmente no segment

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 01.02.2018, 15:10:00 Editado em 01.02.2018, 15:10:08
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DANIELLE BRANT

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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O Bradesco viu seu lucro líquido crescer 11,1% no ano passado, para R$ 19,024 bilhões, na comparação com 2016. O resultado se deu em meio a um recuo da carteira de crédito na base anual, especialmente no segmento de pessoas jurídicas, e a uma elevação da provisão para calote nos últimos três meses do ano.

No quarto trimestre, o lucro do banco atingiu R$ 4,86 bilhões, avanço de 1,1% na comparação com o terceiro trimestre e de 10,9% em relação a um ano antes.

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"O nosso lucro líquido foi adequado e fruto de um acerto das políticas adotadas. Tudo foi pensado e realizado, tivemos um realismo no crédito, um conservadorismo nas despesas e nos gastos e um ajuste na estrutura da organização", afirmou, em conferência por telefone a jornalistas, o presidente do banco, Luiz Carlos Trabuco.

Essa reestruturação envolveu a incorporação das agências, funcionários e outras sinergias com o HSBC, comprado pelo Bradesco em 2015. 

As receitas do banco cresceram 9,9% no ano passado, para R$ 30,81 bilhões, impulsionadas pelo avanço de 20,7% em administração de fundos e pelo ganho de 10,7% com conta-corrente. Mas as despesas pessoais e administrativas cresceram 7,8%, para R$ 39,6 bilhões.

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A carteira de empréstimos do banco caiu 4,3% no ano, para R$ 492,931 bilhões. Mas houve leve aumento nas concessões em relação ao terceiro trimestre, com avanço de 1,2%. 

"A carteira de crédito começou a reagir, principalmente no último trimestre, depois de um processo doloroso provocado pela recessão. Com a  desalavancagem do orçamento das famílias, tudo volta aos trilhos. Já começamos a ver uma reação no crédito em micro e pequenas empresas e no consumo das famílias", afirmou Trabuco.

Para pessoas físicas, o maior crescimento em 2017 foi registrado pelo consignado, com avanço de 13,3%, para R$ 43,968 bilhões. O financiamento imobiliário avançou 4,3%, para R$ 33,687 bilhões, e o de veículos cresceu 4,2%, para R$ 20,784.

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Mas os empréstimos para pessoas jurídicas retraíram 7,4% em um ano, para R$ 317,462 bilhões. A maior queda foi observada nas concessões para micro, pequenas e médias empresas, com recuo de 10,1%, para R$ 92,214 bilhões. Para grandes empresas, a queda foi de 6,3%, para R$ 225,248 bilhões.

"A demanda de micro, pequenas e médias empresas têm melhorado e temos visto sinais animadores. Para o ano, vemos pressão em pessoas jurídicas, mas no segundo semestre essa inadimplência corporate", afirmou Carlos Firetti, diretor de relações com o mercado do banco.

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O Bradesco estima que a carteira de crédito expandida crescerá entre 3% e 7% neste ano.

Trabuco espera que o aumento da demanda por crédito melhore a margem financeira de juros do banco, que teve leve queda de 0,5% na comparação anual. "Isso permitirá equilibrar gradativamente os efeitos da margem com queda da taxa básica Selic", afirmou.

Para o ano, a expectativa do banco é que a margem fique entre a estabilidade e a queda de 4%.

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CALOTE

No ano, a provisão que o Bradesco fez para devedores duvidosos recuou 15,9%, para R$ 18,276 bilhões. Mas, assim como no Santander, houve crescimento na despesa no último trimestre do ano. A alta foi de 20,9%, para R$ 4,622 bilhões.

Segundo Firetti, o aumento foi provocado pela revisão das notas de crédito de grandes empresas. "Há uma tendência estrutural de melhora, a inadimplência está vindo bem. Ao longo de 2018, teremos uma melhora", afirmou. 

A inadimplência total do banco recuou de 5,5% no último trimestre de 2016 para 4,67% no mesmo período do ano passado. No segmento de grandes empresas, aumentou de 1,2% para 1,89%. 

O Bradesco estipulou que a provisão para clientes duvidosos deve terminar o ano na faixa entre R$ 16 bilhões e R$ 19 bilhões.

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