MAIS LIDAS
VER TODOS

Economia

Pesquisa do Planalto mostra 14% a favor da reforma da Previdência

MARINA DIAS BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - Pesquisa encomendada pelo Palácio do Planalto em janeiro mostra que 14% da população é favorável à reforma da Previdência, enquanto 44% não quer as mudanças nas regras de aposentadoria e 39% ainda não tem opinião fo

Da Redação

·
Escrito por Da Redação
Publicado em 31.01.2018, 20:55:00 Editado em 31.01.2018, 20:55:05
Imagen google News
Siga o TNOnline no Google News
Associe sua marca ao jornalismo sério e de credibilidade, anuncie no TNOnline.
Continua após publicidade

MARINA DIAS

continua após publicidade

BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - Pesquisa encomendada pelo Palácio do Planalto em janeiro mostra que 14% da população é favorável à reforma da Previdência, enquanto 44% não quer as mudanças nas regras de aposentadoria e 39% ainda não tem opinião formada sobre o assunto.

O levantamento feito pelo Ibope, ao qual a reportagem teve acesso, foi realizado às vésperas da votação da medida na Câmara, em um momento delicado para o governo -que ainda tenta chegar aos 308 votos necessários para fazer com que o texto avance no Congresso.

continua após publicidade

Apesar do índice daqueles que são favoráveis à reforma ter ficado abaixo dos 15%, integrantes do governo de Michel Temer comemoraram a queda na resistência à medida.

Segundo auxiliares do presidente, as pesquisas têm sido feitas periodicamente a pedido do Planalto e o número daqueles que eram contrários à proposta já havia chegado a 68% -pela lei, o governo precisa divulgar os levantamentos até quatro meses depois que eles foram feitos.

Nesta quarta-feira (31), as últimas contas da equipe de Temer chegavam a 287 votos a favor da reforma, segundo deputados aliados. Os parlamentares, porém, dizem que não viram melhora no clima da Câmara para aprovar a medida, mesmo diante dos dados ecoados pelo Planalto.

continua após publicidade

Entre as dezenas de perguntas feitas sobre a nova Previdência, o instituto questionava o acesso que os entrevistados tiveram ao tema nos últimos meses e se isso os fez mudar de ideia sobre o assunto. A resposta foi a seguinte: 87% dizem não ter mudado de opinião e 57% afirmam ter "alguma preocupação" em relação à proposta que pode ser votada na segunda quinzena de fevereiro na Câmara.

O governo já desidratou bastante a proposta inicial da reforma -enviada no fim de 2016 ao Congresso-, com o objetivo de alcançar o patamar necessário para a sua aprovação, mas não descarta novas flexibilizações.

O texto já foi alterado duas vezes e a expectativa de economia com sua aprovação passou de cerca de R$ 800 bilhões em dez anos para aproximadamente R$ 500 bilhões no mesmo período, considerando as alterações no INSS, de acordo com cálculos do Ministério da Fazenda.

continua após publicidade

Entre os pontos alterados para tentar conquistar apoio dos deputados estão a redução da idade mínima para mulheres (de 65 anos para 62) e a diminuição do tempo de contribuição de 25 para 15 anos para os trabalhadores da iniciativa privada. Também foi reduzido de 49 para 40 anos o tempo necessário para ter direito ao valor máximo do benefício e foram retiradas as mudanças para os trabalhadores rurais de economia familiar e para o benefício assistencial pago a idosos pobres, o BPC (Benefício de Prestação Continuada).

IDADE MÍNIMA

continua após publicidade

A pesquisa, porém, mostrou que mesmo na questão da idade mínima ainda há resistências: 23% concordam com a proposta de 62 anos para as mulheres, com tempo de transição em 20 anos, enquanto 74% discordam dessa medida.

No mesmo raciocínio para os homens, 29% concordam com a idade mínima fixada em 65 anos (daqui a 20 anos), enquanto 68% discordam.

Nesta terça-feira (30), o ministro Moreira Franco (Secretaria de Governo) divulgou apenas dois dados da pesquisa: os 44% contrários à reforma da Previdência e os 63% favoráveis a um sistema único de aposentadoria para servidores públicos e privados -somando 48% que concordam totalmente e 15% que concordam parcialmente.

O instituto ouviu 2.002 pessoas entre os dias 25 e 29 de janeiro, em 140 municípios, e a margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.

Entre as dezenas de perguntas feitas sobre o assunto, estão questões que chegaram a ser entraves para deputados aliados apoiarem ou não a medida, como o sistema de aposentadoria para policiais e professores.

O levantamento também mediu a aprovação do governo. Segundo os dados, são 8% de bom e ótimo contra 63% de ruim e péssimo. 27% avalia a gestão Temer como regular e 1% não soube opinar.

Gostou desta matéria? Compartilhe!

Icone FaceBook
Icone Whattsapp
Icone Linkedin
Icone Twitter

Mais matérias de Economia

    Deixe seu comentário sobre: "Pesquisa do Planalto mostra 14% a favor da reforma da Previdência"

    O portal TNOnline.com.br não se responsabiliza pelos comentários, opiniões, depoimentos, mensagens ou qualquer outro tipo de conteúdo. Seu comentário passará por um filtro de moderação. O portal TNOnline.com.br não se obriga a publicar caso não esteja de acordo com a política de privacidade do site. Leia aqui o termo de uso e responsabilidade.
    Compartilhe! x

    Inscreva-se na nossa newsletter

    Notícia em primeira mão no início do dia, inscreva-se agora!