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Bolsa brasileira sobe 11,1% e tem maior alta mensal desde outubro de 2016

DANIELLE BRANT SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A Bolsa brasileira teve em janeiro o melhor mês desde outubro de 2016 sob impulso do otimismo que levou os mercados internacionais a baterem recordes seguidos e também após a confirmação, por unanimidade, da con

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 31.01.2018, 19:00:00 Editado em 31.01.2018, 19:00:10
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DANIELLE BRANT

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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A Bolsa brasileira teve em janeiro o melhor mês desde outubro de 2016 sob impulso do otimismo que levou os mercados internacionais a baterem recordes seguidos e também após a confirmação, por unanimidade, da condenação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o que diminuiu a chance de que ele consiga disputar as eleições deste ano.

O Ibovespa fechou em alta de 0,51%, aos 84.912 pontos. No mês, o índice das ações mais negociadas avançou 11,14%, maior alta desde outubro de 2016. O volume financeiro da sessão ficou em R$ 12,6 bilhões, enquanto a média diária de janeiro estava em R$ 10,05 bilhões até o dia 30.

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O dólar comercial fechou em alta de 0,03%, para R$ 3,181. Em janeiro, a moeda recuou 4%, na maior desvalorização mensal desde julho (-5,9%).

Já o dólar à vista, que encerra os negócios mais cedo, avançou 0,15%, para R$ 3,185. No mês, caiu 3,82% -também a maior queda desde julho.

A forte valorização do Ibovespa em janeiro impulsionou o ganho dos fundos de ações indexados, opção para quem quer investir em Bolsa e acompanhar o principal índice do mercado acionário brasileiro. Após o desconto de Imposto de Renda, o rendimento foi de 9,8%.

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O cenário externo e o fluxo de estrangeiros para o mercado brasileiro ajudou o Ibovespa a bater 12 recordes no mês e superasse os 85 mil pontos. Se corrigido pela inflação, porém, o índice ainda estaria bem abaixo dos 73.516 pontos atingidos em maio de 2008 -e que hoje equivaleriam a cerca de 130 mil pontos.

"O bom humor no mercado global favoreceu os emergentes, principalmente os ligados a commodities. Mas o julgamento do Lula serviu como catalisador para o excesso de liquidez global. Havia um investimento represado e, após o julgamento, esse dinheiro chegou com mais ímpeto", afirma Raphael Figueredo, sócio-analista da Eleven Financial.

Para ele, a perspectiva ainda é de valorização da Bolsa brasileira, mas com menos ímpeto que o verificado em janeiro. "Essa alta vem por uma expectativa no médio prazo. Ainda é preciso incorporar no preço os resultados corporativos do último trimestre e o crescimento da economia brasileira", afirma.

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"Dá para chegar aos 89 mil pontos até o final do primeiro trimestre", ressalta.

Na renda fixa, os ganhos foram tímidos em janeiro e ficaram bem distantes da realidade de dois dígitos verificada até outubro de 2016. O melhor rendimento foi registrado pelo Tesouro IPCA 2024, com alta de 3,42% no mês. A poupança com depósitos até 3 de maio de 2012 rendeu 0,5%. Já o rendimento da poupança nova (com depósitos após 4 de maio de 2012) ficou em 0,4% em janeiro.

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"Há uma expectativa de novo corte de juros na reunião do Copom [comitê de política monetária do Banco Central] da próxima semana. O juro deve ir para o patamar de 6,75%, o que deve levar mais investidores à renda variável. Mas é bom lembrar que a perspectiva para o ano é de volatilidade nos mercados de maior risco", afirma Vinícius Maeda, diretor de relações com investidores da plataforma Magnetis.

CÂMBIO

No mercado cambial, o dólar perdeu força ante 23 das 31 principais divisas mundiais.

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Os investidores acompanharam a decisão de política monetária do Federal Reserve (Fed, banco central americano). Na última reunião sob o comando de Janet Yellen, o Fed manteve a taxa de juros nos Estados Unidos na faixa entre 1,25% e 1,50% ao ano.

A decisão já era aguardada, mas o comunicado divulgado após o encontro reforçou a expectativa do banco central americano com a recuperação da economia dos EUA e com a inflação caminhando para a meta de 2% ao ano ao longo de 2018.

Yellen será substituída a partir de 3 de fevereiro por Jerome Powell, vice-presidente do Fed que trabalhou em estreita colaboração com a atual presidente nos últimos anos. Ele foi nomeado pelo presidente Donald Trump e confirmado pelo Senado americano.

O CDS (Credit Default Swap, termômetro de risco-país) do Brasil fechou em baixa de 1,4%, para 143,7 pontos.

No mercado de juros futuros, os contratos mais negociados fecharam em baixa. O DI para abril de 2018 recuou de 6,673% para 6,666%. O DI para janeiro de 2019 teve queda de 6,810% para 6,805%.

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