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Desemprego global deve seguir estável em 2018; taxa cai no Brasil, diz OIT

FERNANDA PERRIN SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A taxa de desemprego global deve ficar em 5,5% neste ano, mostrando estabilidade em relação a 2017, quando o percentual ficou em 5,6%, divulgou a Organização Internacional do Trabalho (OIT) nesta segunda-feira

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 22.01.2018, 18:25:00 Editado em 22.01.2018, 18:25:05
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FERNANDA PERRIN

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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A taxa de desemprego global deve ficar em 5,5% neste ano, mostrando estabilidade em relação a 2017, quando o percentual ficou em 5,6%, divulgou a Organização Internacional do Trabalho (OIT) nesta segunda-feira (22).

Apesar da estabilidade da taxa, o número de desempregados deve crescer em 1,3 milhão, compensado pelo aumento do total de pessoas na força de trabalho.

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A organização também projeta que o número de empregos vulneráveis (categoria que engloba trabalhadores por conta própria e aqueles que auxiliam a família) deve crescer nos próximos anos em todo o mundo.

"Globalmente, o progresso significativo conquistado no passado em reduzir o emprego vulnerável estagnou em 2012", avalia a OIT. Atualmente, cerca de 42% dos trabalhadores (ou 1,4 bilhão) estão ocupados em algum tipo de relação de emprego vulnerável em todo o mundo.

Nos países em desenvolvimento e emergentes, esse percentual sobe para 76% e 46%, respectivamente.

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Esse número tende a piorar nos próximos anos, com a estimativa de aumento de 17 milhões ao ano de trabalhadores nessas condições em 2018 e 2019.

Por outro lado, a taxa de desemprego nos países desenvolvidos deve seguir em queda, caindo para 5,5% em 2018 —o menor percentual desde 2007, véspera da crise global de 2008.

A melhora, contudo, esconde um aumento da chamada subtutilização da força de trabalho —contratos de jornada parcial que empregam pessoas que gostariam de trabalhar em tempo integral, por exemplo.

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A desaceleração do crescimento da força de trabalho acende um sinal de alerta nos sistemas previdenciários, uma vez que o crescente número de aposentados tende a colocar pressão sobre a população economicamente ativa.

A OIT estima que em 2030 existirão quase 5 pessoas com 65 anos de idade ou mais para cada grupo de 10 pessoas ativas na força de trabalho. Atualmente, há 3,5 pessoas mais velhas para cada 10 ainda ativos.

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BRASIL

O Brasil destoa da projeção global ao mostrar uma recuperação mais robusta de seu mercado de trabalho em 2018, de acordo com as projeções da OIT.

Após quatro anos de piora do desemprego, a taxa deve cair para 11,9% neste ano e 11,2% no próximo, calcula a organização. Em termos absolutos, isso significa uma redução de 1,4 milhão de pessoas do contingente de desempregados.

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Essa melhora deve seguir acontecendo pela via da informalidade, contudo. A entidade calcula que existam hoje 25,3 milhões de brasileiros em formas vulneráveis de emprego, número que deve subir para 25,8 milhões ao final de 2018 e 26,2 milhões em 2019.

GÊNERO

Apesar de avanços recentes, as mulheres continuam a ter uma participação menor na força de trabalho do que os homens, segundo a OIT. E, mesmo quando elas participam, elas têm maior dificuldade em achar um trabalho do que eles.

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A situação é pior no norte da África e nos países árabes —nessas regiões, as mulheres têm duas vezes mais chance de estarem desempregadas do que os homens.

"Uma vez empresas, as mulheres enfrentam segregação em termos de setor, ocupação e tipo de relação de trabalho, resultando em acesso restrito a empregos de qualidade", afirma o relatório.

GRANDES TENDÊNCIAS

O mercado de trabalho continua a ser transformado por grandes tendências, como os avanços tecnológicos, a globalização, a acumulação de capital o envelhecimento da população e as políticas governamentais.

A expectativa é que um número cada vez maior de pessoas encontre ocupações no setor de serviços, enquanto a agricultura deve empregar um contingente continuamente menor. A indústria também deve reduzir o número de pessoas empregadas, sobretudo em países de renda média alta e desenvolvidos.

Segundo a OIT, isso confirma a tendência de "desindustrialização prematura" que ocorre em diferentes países, e é particularmente preocupante em países de renda baixa, que começam a passar pelo processo mais cedo do que os países desenvolvidos passaram.

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