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Detroit mostra o presente do mercado americano, ainda distante de carros elétricos

EDUARDO SODRÉ, ENVIADO ESPECIAL* DETROIT, EUA (FOLHAPRESS) - "Na semana anterior falamos sobre o futuro na feira de Las Vegas, com carros elétricos e autônomos. Agora falamos do presente", diz Hau Thai-Tang, vice-presidente global de desenvolvimento da F

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 17.01.2018, 14:25:00 Editado em 17.01.2018, 14:25:09
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EDUARDO SODRÉ, ENVIADO ESPECIAL*

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DETROIT, EUA (FOLHAPRESS) - "Na semana anterior falamos sobre o futuro na feira de Las Vegas, com carros elétricos e autônomos. Agora falamos do presente", diz Hau Thai-Tang, vice-presidente global de desenvolvimento da Ford. Sua frase resume o que ocorre na edição 2018 do Salão de Detroit.

Nos últimos dois anos, as montadoras optaram por exibir suas novidades tecnológicas no CES -que foi especialmente dominado pelas marcas de carro neste ano, aproveitando o vácuo de grandes novidades entre os gadgets. Já o tradicional salão do automóvel mostra os carros que estão prestes a chegar às lojas dos EUA, bem diferentes das projeções para 2020 ou além.

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As picapes continuam em alta. A Ford anuncia a volta da Ranger ao mercado americano, modelo que é considerado compacto nos padrões estadunidenses. Entre as grandes -verdadeiros caminhões com mais de seis metros de comprimento-, as novidades são as novas gerações da Chevrolet Silverado e da RAM, que é produzida pelo grupo FCA Fiat Chrysler.

Todas chegam ao mercado ao longo de 2018, como modelos 2019. Nenhuma é elétrica ou autônoma: tem, No máximo, motores turbinados que buscam reduzir o consumo de gasolina na comparação com antigos V8.

Isso não quer dizer que o tema eletrificação esteja fora das discussões. A Ford aproveita Detroit para anunciar o aumento de seus investimentos em carros não poluentes.

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Segundo Thai-Tang, o aporte de US$ 4,5 bilhões anunciado há um ano para desenvolver carros híbridos e elétricos foi ampliado para US$ 11 bilhões. Serão lançados 40 novos automóveis dotados de tecnologias limpas e sistemas semi-autônomos, mas que só devem chegar às ruas a partir de 2020.

"Nos últimos 114 anos, nossos carros seguiram a lógica dos motores de combustão interna. Agora vivemos um outro momento, queremos aproveitar essa nova realidade", afirma o executivo da Ford.

Enquanto o futuro não se materializa, a indústria americana aproveita para capitalizar o presente.

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A venda de veículos nos EUA teve queda de 1,8% entre 2016 e 2017, variação considerada normal. O ano passado terminou com 17,2 milhões de veículos comercializados, cerca de sete vezes mais que o mercado brasileiro.

Os três automóveis mais vendidos foram picapes de grande porte: Ford F-150, Chevrolet Silverado e RAM. Juntas, tiveram 2 milhões de unidades emplacadas.

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Os modelos que lideram o mercado são produzidos nos EUA. É algo do qual o governo Donald Trump se orgulha, e não raro esses caminhões são vistos pelas ruas de Detroit com adesivos da campanha republicana colados em seus para-choques traseiros: "Make America Great Again".

O governo tem incentivado a indústria local e promovido redução de tributos, mas executivos do setor automotivo ouvidos pela reportagem acreditam que isso não será suficiente para promover um fechamento de fábricas mundo afora para privilegiar as linhas de montagem americanas.

"Há um limite para esses incentivos do governo americano. Quanto maiores as reduções de impostos, maior será o deficit do orçamento, não dá para ir muito longe", diz o representante de uma montadora americana.

(*) O jornalista viajou a convite da Ford

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