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Relatório não foi manipulado, diz chefe do Banco Mundial

ESTELITA HASS CARAZZAI WASHINGTON, EUA (FOLHAPRESS) - Depois de colocar em dúvida os resultados de um estudo do Banco Mundial, o economista-chefe da instituição, Paul Romer, recuou e afirmou nesta terça (16) que não viu sinal de manipulação política neste

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 16.01.2018, 23:04:00 Editado em 27.04.2020, 19:31:59
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ESTELITA HASS CARAZZAI

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WASHINGTON, EUA (FOLHAPRESS) - Depois de colocar em dúvida os resultados de um estudo do Banco Mundial, o economista-chefe da instituição, Paul Romer, recuou e afirmou nesta terça (16) que não viu sinal de manipulação política neste "e em nenhum outro relatório do banco".

"Meus comentários deram a impressão de que eu suspeitava de manipulação ou viés político. Mas não foi o que eu quis dizer", escreveu Romer, em seu blog pessoal.

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Antes, o economista afirmara que alterações metodológicas no estudo Doing Business, que consolida um importante índice de competitividade de países para negócios, prejudicaram a posição do Chile e levaram a resultados enganosos.

Ele chegou a pedir desculpas ao Chile, em entrevista ao jornal "The Wall Street Journal", na última sexta (12), e anunciou que o banco iria revisar as últimas edições do estudo -o que, de fato, está fazendo.

A presidente do Chile, Michelle Bachelet, afirmou que a notícia era "muito preocupante" e que abalava "a credibilidade de uma instituição que deve contar com a confiança da comunidade internacional". O economista responsável pelo estudo, Augusto Lopez-Claros, é chileno e foi acusado de atuar politicamente, mas negou veementemente as suspeitas.

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Agora, Romer defendeu que as alterações não foram manipuladas politicamente, mas tomadas por "razões sólidas" e que acabaram resultando na queda do Chile no ranking.

CÁLCULOS

Em cálculos divulgados em seu blog, Romer mostra que, sem as mudanças metodológicas no Doing Business (que incluíram algumas variáveis e excluíram outras), o Chile cairia apenas cinco posições no ranking entre 2013 e 2017, em vez das 21 que acabou caindo.

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O economista, porém, destaca que existe uma "inerente aleatoriedade" nos números, e que o único resultado a ser considerado é que as mudanças do Chile em seu teste são menores do que no método adotado no ranking final. "Nós mudamos nossa metodologia por razões sólidas, e as mudanças foram cuidadosamente consideradas", afirmou Romer.

Para ele, o episódio demonstra que o Banco Mundial deveria fazer um esforço de didatismo para explicar, por exemplo, por que o Chile caiu. "Nós poderíamos fazer um trabalho melhor ao explicar o que os números querem dizer", afirmou.

O Banco Mundial reiterou a nota emitida no último sábado (13), em que afirma que a metodologia de seus estudos é submetida a um "rigoroso processo de consulta" e que todos os países "são tratados de maneira igualitária".

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