SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Na batalha dos sindicatos dos professores contra as demissões realizadas por faculdades em todo o país em dezembro, uma decisão da oitava Vara do Trabalho de São Bernardo do Campo nesta terça-feira (9) suspendeu a dispensa de cerca de 70 profissionais na Metodista.
A decisão foi considerada uma vitória pelo Sinpro ABC, o sindicato local, mas não atendeu integralmente o pedido dos professores, que era a reintegração das vagas para que pudessem retornar ao trabalho no início do primeiro semestre deste ano.
"O pedido era a reintegração. Mas mesmo assim foi uma vitória. A Metodista vai ter cinco dias para justificar a medida", afirma José Maggio, presidente do Sinpro ABC, que atribui a dispensa à reforma trabalhista, diferentemente do que aponta a instituição, que justifica questões financeiras.
Procurada, a Metodista respondeu, em nota, que "até o presente momento não foi intimada oficialmente pelo Poder Judiciário a respeito do processo em referência e quando intimada se pronunciará sobre o caso".
A instituição não foi a única que demitiu em grande quantidade. O caso mais ruidoso foi o da Estácio, que demitiu 1.200 professores em dezembro, também com idas e vindas na Justiça.
Houve demissões em em escolas como Cásper Líbero, Anhembi Morumbi, Uniritter, Mackenzie e outros.
Nesta segunda-feira (8), uma decisão de Ives Gandra, presidente do Tribunal Superior do Trabalho e um dos defensores da reforma trabalhista, suspendeu uma liminar que em dezembro barrou as demissões da Uniritter.
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