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Empresas encaram ceticismo do público sobre internet das coisas

NATÁLIA PORTINARI, ENVIADA ESPECIAL LAS VEGAS, EUA (FOLHAPRESS) - O desafio das empresas na CES, feira de eletrônicos que começa em Las Vegas (EUA), nesta segunda-feira (8), é superar o ceticismo do público nas aplicações domésticas de internet das coisas

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 07.01.2018, 15:45:00 Editado em 07.01.2018, 15:45:03
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NATÁLIA PORTINARI, ENVIADA ESPECIAL

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LAS VEGAS, EUA (FOLHAPRESS) - O desafio das empresas na CES, feira de eletrônicos que começa em Las Vegas (EUA), nesta segunda-feira (8), é superar o ceticismo do público nas aplicações domésticas de internet das coisas, como em geladeiras, fogões e despertadores conectados.

Em 2016, uma pesquisa da consultoria Gartner concluiu que três quartos dos americanos prefere ajustar manualmente a luz e a temperatura. A maioria não fazia questão de controlar portas e janelas via controle remoto.

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Ainda assim, a edição de 2017 da CES, e, agora, a de 2018, continuam batendo nesta tecla. O Google se prepara para demonstrar que seu Assistente é melhor que a concorrente Alexa, da Amazon, para controlar os objetos conectados.

Ambas as empresas estão a postos em Las Vegas com campanhas agressivas de publicidade para convencer fabricantes de que seu hub de casa conectada -respectivamente, Google Home e Echo- é o melhor do mercado, e assim fechar parcerias com quem fabrica hardware.

No ano passado, Ford, Huawei e LG se associaram à Alexa, e o Google Home foi deixado para trás nas vendas ao longo de 2017. Neste ano, a LG deve anunciar uma TV com o Assistente, parte de uma campanha do Google para tomar uma fatia desse mercado.

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Mas as aplicações práticas desses itens ainda não se consolidaram. Uma pesquisa da Experian, de 2017, constatou que menos de 30% de quem compra o Echo usa o dispositivo frequentemente.

O efeito Pokemón Go, app de realidade aumentada que estourou em julho de 2017, também deve ressoar nessa edição da feira nas discussões sobre entretenimento, jogos e filmes.

O presidente da Turner, divisão da Warner, e o da Hulu participam de uma mesa sobre a "reimaginação da televisão", que deve tocar nesse assunto.

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No setor de celulares, como a Apple participa pouco da feira e as empresas guardam suas novidades para a Mobile World Congress 2018, em Barcelona, a expectativa é de que a chinesa Huawei e a coreana Samsung façam lançamentos modestos.

CRISE DOS CHIPS Às vésperas da feira, as gigantes da tecnologia também tentam convencer o público de que as falhas de segurança encontradas em quase todos os chips já fabricados podem ser resolvidas sem que seja necessário substituir os componentes físicos dos computadores.

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As falhas, Spectre e Meltdown, se aproveitam de um sistema chamado execução especulativa. Quando operam, os microprocessadores, o cérebro dos aparelhos, "prevêem" qual será a próxima operação. Se acertam, eles seguem em frente. Se erram, eles jogam fora o "palpite".

Mas esses "palpites" jogados fora podem ser coletados para roubar os dados do computador, como se o hacker fosse alguém que vasculha o lixo em busca de documentos pessoais.

Desde que o problema foi divulgado, na semana passada, atualizações de software já foram lançadas por Google, Amazon e outras empresas, mas elas podem piorar o desempenho das máquinas e dos serviços de computação em nuvem de maneiras que ainda não estão claras.

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O Spectre, mais difícil de resolver, mas também de ser explorada por hackers, afeta chips da Intel, AMD e ARM. Já o Meltdown, menos complexo de prevenir, é um problema dos chips da Intel e ARM.

Enquanto a Intel admitiu que, para resolver completamente a questão, terá que mudar a arquitetura de seus chips, a AMD se manteve na defensiva, reiterando que o risco de a falha ser explorada é "quase zero" e que as correções de software bastam para manter a segurança.

"Estamos aplicando atualizações por software, como outras empresas", diz Mark Papermaster, chefe de tecnologia da AMD. "Acreditamos que os nossos processadores estão protegidos."

A AMD compete tanto com as CPUs (microprocessadores) da Intel quanto com as placas gráficas (para jogos e edição de imagens) da Nvidia. Por isso, a empresa quer se dissociar da crise dos chips, que fez com que as ações da Intel caíssem.

Na CES, a companhia irá lançar a AMD Radeon Vega Mobile, uma linha de processadores para celulares e ultrabooks, mercado hoje fortemente dominado pela Intel.

Já a Intel irá mostrar, em parceria com a Dell, um novo modelo do XPS 13, laptop top de linha, ultrafino, com um processador inédito e placa de vídeo potente da Nvida.

*A jornalista viaja a convite da AMD

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