NICOLA PAMPLONA
RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) - O presidente do BNDES, Paulo Rabello de Castro, afirmou nesta segunda (18) que o banco definirá nesta tarde sua posição em relação ao plano de recuperação judicial da empresa de telefonia Oi.
Ele não descartou a possibilidade de novo adiamento da discussão, caso o plano não permita "necessidades mínimas" de investimento pela companhia no futuro.
"Não estamos olhando apenas uma saída para a recuperação judicial", disse ele, em entrevista após participar de premiação do Lide.
O BNDES é o único credor da telefônica com garantias reais, o que lhe dá poder de veto ao plano que deve ser votado em assembleia nesta terça (19), após diversos adiamentos.
"Estamos examinando uma variável fundamental, que é o fluxo de caixa futuro e as necessidades de investimento para que a companhia volte a ser protagonista", disse ele.
"Entre fazer mais rápido e fazer bem feito, é melhor fazer bem feito", completou, reforçando que o banco não quer um plano que pretenda apenas "salvar a empresa".
Um acordo negociado entre os principais credores da empresa, que pediu recuperação judicial há 18 meses, será votado na assembleia desta terça.
O plano prevê a troca de dívidas por 65% do capital da empresa, além de um aporte de R$ 4 bilhões em troca de outros 10%.
Há resistência, porém, do fundo de investimentos controlado pelo empresário Nelson Tanure, que classifica a proposta de ilegal e quer tentar adiar novamente a assembleia.
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