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Petrobras vende 25% de campo de petróleo a norueguesa por US$ 2,9 bi

NICOLA PAMPLONA RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) - A Petrobras anunciou nesta segunda (18) a venda de 25% do campo de Roncador, na Bacia de Campos, à norueguesa Statoil, por US$ 2,9 bilhões. O negócio inclui ainda a possibilidade de uso, pela parceira, da

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 18.12.2017, 10:00:00 Editado em 18.12.2017, 10:00:11
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NICOLA PAMPLONA

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RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) - A Petrobras anunciou nesta segunda (18) a venda de 25% do campo de Roncador, na Bacia de Campos, à norueguesa Statoil, por US$ 2,9 bilhões. O negócio inclui ainda a possibilidade de uso, pela parceira, da unidade de processamento de gás de Cabiúnas, a maior do país.

Segundo a estatal, a venda faz parte de um acordo de parceria estratégica, que prevê ainda investimentos para recuperar o campo de Roncador, que já foi o maior do país e hoje está em declínio.

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A operação não passou pelo modelo de venda aprovado pelo TCU (Tribunal de Contas da União), que prevê maior transparência em todas as fases de negociação. A estatal alega que parcerias estratégicas são diferentes de venda de ativos e, por isso, pode negociar diretamente. É a segunda grande operação da Petrobras com a norueguesa desde o início do plano de venda de ativos da Petrobras: em 2016, a Statoil comprou a fatia da estatal brasileira no campo de Carcará, no pré-sal, por US$ 2,5 bilhões.

O acordo anunciado nesta segunda prevê o pagamento de US$ 2,35 bilhões no fechamento da operação e outros US$ 550 milhões de acordo com os investimentos realizados para aumentar a recuperação e petróleo dos reservatórios.

Descoberto em 1999, ainda com reservas no pós-sal, Roncador foi o maior campo de petróleo do Brasil até 2015, quando foi ultrapassado por Lula, no pré-sal. Na época, sua produção era de 360 mil barris por dia. Atualmente, segundo a Petrobras, se situa na casa dos 240 mil barris por dia.

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A Petrobras estima que o campo ainda tem reservas recuperáveis de 1 bilhão de barris, mas que o volume pode ser ampliado em até 5% a realização de investimentos adicionais.

"A Statoil tem reconhecida experiência na otimização de campos maduros offshore com foco tanto na maximização dos fatores de recuperação bem como na extensão da vida útil desses campos", disse a estatal, em comunicado. As duas empresas já são sócias em 13 áreas petrolíferas no país.

"Esta transação adicional uma produção significativa e de longo prazo no nosso portfólio internacional, fortalecendo a produção do Brasil como uma área prioritária para a Statoil", afirmou, em nota, o presidente da norueguesa, Eldar Saetre.

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Com a participação em Roncador, a produção brasileira da empresa cresce dos atuais 40 mil barris por dia para cerca de 11 mil barris por dia. A Petrobras manterá os 75% restantes da concessão.

A Statoil poderá ainda solicitar acesso ao Terminal de Cabiúnas, o principal ponto de recebimento de gás natural de campos da costa brasileira, localizado em Macaé, litoral Norte do Rio, para escoar gás natural de uma área que opera na Bacia de Campos.

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O terminal está passando por um processo de ampliação da capacidade para 25 milhões de metros cúbicos por dia, o equivalente a sete vezes o consumo da cidade do Rio, e recebe gás tanto do pré-sal da Bacia de Campos quanto de áreas mais antigas na Bacia de Santos para distribuição pelo país.

A Petrobras tem a meta de captar US$ 21 bilhões até o fim de 2018 com seu plano de venda de ativos. Até agora, já levantou cerca de US$ 4,5 bilhões - além de Roncador, a companhia anunciou outras duas operações: a venda de campo de gás no Amazonas à Eneva, por US$ 55 milhões, e o lançamento de ações da BR Distribuidora, que rendeu R$ 5 bilhões.

CADE

A Petrobras informou também nesta segunda que a superintendência-geral do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) concluiu parecer recomendando a aprovação da venda da Companhia Petroquímica de Pernambuco e da Companhia Integrada Têxtil de Pernambuco à mexicana Alpek.

O negócio, de US$ 385 milhões, foi anunciado em 2016 e é parte de uma primeira fase do plano de venda de ativos, mas ainda aguarda definição do órgão de defesa da concorrência. O parecer foi enviado ao tribunal do Cade, que terá a palavra final.

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