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Investidores oferecem preço mínimo por ações da BR Distribuidora

NICOLA PAMPLONA RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) - A Petrobras obteve o preço mínimo de R$ 15 por ação da BR Distribuidora, em operação de abertura de capital da companhia concluída nesta quarta (13). De acordo com o registro da operação na CVM (Comissão d

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 13.12.2017, 21:20:00 Editado em 13.12.2017, 21:20:07
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NICOLA PAMPLONA

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RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) - A Petrobras obteve o preço mínimo de R$ 15 por ação da BR Distribuidora, em operação de abertura de capital da companhia concluída nesta quarta (13). De acordo com o registro da operação na CVM (Comissão de Valores Mobiliários), o negócio movimentou R$ 5 bilhões, com a venda de uma fatia equivalente a 28,75% do capital da subsidiária.

Foi a maior oferta pública de ações (IPO, na sigla em inglês) na bolsa brasileira desde 2013, quando o Banco do Brasil obteve R$ 11,4 bilhões com a abertura de capital da BB Seguridade. Nesta quinta (14), o Burger King deve precificar suas ações na bolsa, em operação estimada em até R$ 2,5 bilhões.

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O IPO da BR é parte do plano de venda de ativos da Petrobras, com o qual a empresa espera levantar US$ 21 bilhões até o final de 2018. A empresa não se pronunciou sobre a operação.

As projeções iniciais indicavam um preço entre R$ 15 e R$ 19 por ação, e uma arrecadação máxima de R$ 7,5 bilhões, se todos os papéis disponíveis fossem vendidos ao preço máximo. Neste caso, a empresa colocaria no mercado 33,75% do capital da companhia.

A possibilidade de atingir o preço máximo, porém, era questionada por analistas, diante da grande diferença de eficiência em relação a seus concorrentes no setor de combustíveis e da manutenção do controle estatal.

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Maior distribuidora do país em volume de vendas, a BR perde para Ipiranga e Raízen - que opera com a marca Shell - em termos de rentabilidade: nos primeiros nove meses de 2017, vendeu 7,8 bilhões de litros e teve geração de caixa de R$ 1,8 bilhão.

Este último indicador é 18% menor do que os R$ 2,2 bilhões apresentados pela Ipiranga, que vendeu 6 bilhões de litros no período, e pela Raízen, que registrou vendas de 4,6 bilhões de litros.

Para atrair investidores, a Petrobras prometeu um conselho de administração com pelo menos 50% dos membros independentes.

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Além disso, anunciou um novo plano estratégico para a subsidiária, que prevê diversificar as fontes de suprimento de combustíveis, ampliar a presença no mercado de postos e buscar fontes alternativas de receita por meio da rede de lojas de conveniência.

"Acreditamos que a BR tem muito a melhorar; contudo, mesmo que se torne muito eficiente, não vemos ela diminuindo a diferença em relação aos concorrentes", escreveram por ocasião do anúncio de detalhes da oferta os analistas do UBS Luis Carvalho e Julia Ozenda.

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Eles alegam que os postos, o segmento mais lucrativo, representam 51% das vendas da companhia, enquanto na Ipiranga são 76% e na Raízen, 72%.

O mercado avalia que o preço poderia ser maior caso o controle fosse pulverizado, eliminando os riscos de ingerência política, apontados como uma das causas da menor eficiência.

"Ainda não vi uma explicação técnica do porquê de vender apenas uma fatia minoritária. Hoje está o Pedro Parente, amanhã estará quem?", questiona a economista Elena Landau, uma das responsáveis pelo programa de privatização do governo Fernando Henrique Cardoso.

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As ações da BR começam a ser negociadas na bolsa de São Paulo (B3) na próxima sexta (15).

RETOMADA

A venda de ações da BR será a segunda operação do plano de desinvestimentos da Petrobras em 2017, ano em que o processo teve de ser reiniciado para atender a exigências do TCU (Tribunal de Contas da União) por maior transparência.

A única fechada até agora, a venda do campo de gás Azulão à Eneva, movimentou US$ 54,5 milhões, ou cerca de R$ 180 milhões pelo câmbio atual.

Com meta de captar US$ 21 bilhões até o fim de 2018, o programa vem enfrentando na Justiça e no Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), que atingem operações já concluídas no valor de US$ 5,9 bilhões, o equivalente a 40% dos US$ 13,6 bilhões que a empresa anunciou ter arrecadado na primeira fase do programa, encerrada em 2016.

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