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Apesar de outubro fraco, comércio reverte tendência de queda, diz IBGE

FERNANDA PERRIN SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - As vendas no varejo tiveram a sétima alta consecutiva na comparação anual em outubro, com crescimento de 2,5% em relação ao mesmo período do ano passado, divulgou o IBGE nesta quarta-feira (13). No acumulado e

Da Redação

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Publicado em 13.12.2017, 10:50:00 Editado em 13.12.2017, 10:50:09
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FERNANDA PERRIN

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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - As vendas no varejo tiveram a sétima alta consecutiva na comparação anual em outubro, com crescimento de 2,5% em relação ao mesmo período do ano passado, divulgou o IBGE nesta quarta-feira (13).

No acumulado em 12 meses, a alta foi de 0,3%, revertendo a tendência de queda registrada desde abril de 2015. Materiais de construção e eletrodomésticos foram os carros chefes da melhora, com altas de 6,6% e 5,6%, respectivamente, nessa base de comparação.

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O chamado varejo ampliado —materiais de construção e de veículos— apresentou sua sexta alta consecutiva na comparação anual, avançando 7,5% em relação a outubro de 2016.

"É uma melhora motivada pelo ganho de renda das famílias, que podem fazer reformas em seus domicílios. Enquanto a alta na venda de veículos é decorrência de melhores condições de financiamento para esse produto", diz Isabella Nunes, gerente da pesquisa.

Das oito atividades pesquisadas pelo IBGE, houve crescimento no volume de vendas em seis em comparação com outubro do ano passado. As principais melhoras foram observadas nas categorias de móveis e eletrodomésticos (10,1%), hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (1,5%) e artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (6,2%).

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A alta expressiva das vendas no setor de eletrodomésticos foi influenciada positivamente pela redução da taxa de juros e da melhora no mercado de trabalho, segundo o IBGE.

As vendas em supermercados, por sua vez, interromperam 30 meses consecutivos de variação negativa no acumulado em 12 meses, com variação nula. No acumulado do ano até outubro, houve crescimento de 0,5%.

De acordo com o instituto, esse desempenho positivo é resultado do crescimento da massa de rendimento real —beneficiada pelos reajustes salariais iguais ou maiores do que a inflação— e pela queda do preço dos alimentos, que acumula redução de 2,40% no ano até outubro, o menor índice desde 1994, ano da implantação do Plano Real.

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No primeiro semestre, houve uma super safra de alimentos, o que explica a pressão deflacionária sobre os preços que vem sendo observada.

O segmento de outros artigos de uso pessoal e doméstico, que engloba brinquedos, foi beneficiado pelo Dia das Crianças. O desempenho das vendas em comemoração à data teve alta de 2,7% em relação ao Dia das Crianças do ano passado. No acumulado no ano, o resultado também foi positivo, com alta de 1,8% em comparação ao mesmo período do ano passado.

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Por outro lado, o segmento de combustíveis e lubrificantes teve uma piora de 0,9% em relação a outubro de 2016, resultado da elevação recente dos preços acima da inflação.

Outro destaque negativo na comparação anual é o segmento de livros, jornais, revistas e papelaria, cujas vendas recuaram 2,8% sobre outubro de 2016.

PIORA EM RELAÇÃO A SETEMBRO

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Em relação a setembro deste ano, contudo, houve recuo de 0,9% nas vendas do varejo —pior resultado para o mês em nove anos, o que indica que uma recuperação ainda irregular da economia.

A expectativa da pesquisa da agência Reuters era de alta de 0,2% em relação ao mês anterior.

"Outubro pode ter a ver com uma contenção do consumidor ante a expectativa para as promoções da Black Friday de novembro. É como se fosse um adiamento do consumo para novembro", diz Nunes.

Segundo o IBGE, cinco das oito atividades pesquisadas tiveram um desempenho pior em outubro em relação ao mês anterior.

As principais pressões no mês foram exercidas por hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, cujas vendas caíram 0,3% sobre setembro após seis meses de ganhos, e por móveis e Eletrodomésticos, com queda de 2,3% no período.

O varejo ampliado apresentou comportamento parecido, com queda de 1,4% na comparação mensal.

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