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Governo admite não votar reforma na próxima semana e abre os cofres

GUSTAVO URIBE, DANIEL CARVALHO E MARIANA CARNEIRO BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - Sem votos suficientes, o governo Michel Temer já reconhece que a votação da reforma previdenciária não deve ficar para a próxima semana, como era esperado pelo Palácio do Planal

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 07.12.2017, 13:55:00 Editado em 07.12.2017, 13:55:10
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GUSTAVO URIBE, DANIEL CARVALHO E MARIANA CARNEIRO

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BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - Sem votos suficientes, o governo Michel Temer já reconhece que a votação da reforma previdenciária não deve ficar para a próxima semana, como era esperado pelo Palácio do Planalto.

Nos bastidores, a equipe presidencial admite que a proposta pode ser votada apenas na última semana de trabalho do Congresso, dias antes do início do recesso parlamentar.

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Em conversas reservadas, líderes da base aliada reconheceram ao peemedebista dificuldades para conseguir votos até o início da próxima semana e pediram mais uma semana de articulação para tentar viabilizar a proposta.

Com o provável adiamento da votação, aumentam as chances da votação ficar apenas para o ano que vem, uma vez que, diante da proximidade do recesso parlamentar, muitos deputados federais antecipam o retorno aos seus redutos eleitorais.

As chamadas férias parlamentares terão início no dia 23, em um sábado, mas a partir da quinta-feira anterior o Congresso já costuma ficar esvaziado.

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A possibilidade da votação ficar para a semana do recesso foi admitida pelo vice-líder do governo, Beto Mansur (PRB-SP). "Nós temos ainda 15 dias corridos para votar a reforma previdenciária, de 07 a 21 de dezembro. No período, vamos trabalhar para buscar votos", disse.

Nesta quinta-feira (7), o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse que se deve trabalhar com "todas as datas possíveis".

"Nós vamos trabalhar para votar neste ano. Nós temos que construir deputado a deputado, deputada a deputada, as condições para se votar a reforma da Previdência", disse, não estabelecendo uma data.

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No jantar da quarta-feira (6), no Palácio do Alvorada, o presidente adotou discurso duro e disse que os deputados governistas que não votarem a proposta serão cobrados na disputa eleitoral por manterem privilégios para os servidores públicos.

Mesmo com o tom incisivo, os presidentes nacional do DEM, Agripino Maia, e do PP, Ciro Nogueira, colocaram em dúvida a possibilidade de se votar neste ano.

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COFRES

Apesar do cenário pessimista, o presidente intensificará a abertura dos cofres públicos, liberando emendas parlamentares e aumentando a destinação de recursos para governos estaduais.

Na quarta-feira (6), o Palácio do Planalto garantiu que agilizará o repasse de R$ 1,9 bilhões aos Estados, por meio do FEX, um fundo de auxílio às exportações.

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Em reunião com os governadores do Mato Grosso, Goiás e Mato Grosso do Sul, o ministro Eliseu Padilha (Casa Civil) afirmou que o governo já tem o dinheiro em caixa e só precisa da autorização do Senado para repassá-lo.

No mesmo encontro, o peemedebista pediu ajuda aos três tucanos para a provação da reforma previdenciária. O PSDB tem resistido a fechar questão sobre o assunto.

Os governadores têm demandado o montante para quitar dívidas da folha de pagamento e conseguir pagar o décimo terceiro deste ano.

Nesta quinta-feira (7), o presidente se comprometeu com a bancada mineira a liberar R$ 250 milhões aos Estados na área de saúde e R$ 350 milhões para obras da BR-381.

"Ele também se comprometeu a ir a Minas Gerais para inaugurar um hospital", disse o vice-presidente da Câmara, Fábio Ramalho (PMDB-MG).

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