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Bolsa desconsidera exterior ruim e fecha em alta; dólar cai para R$ 3,25

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A turbulência provocada nos mercados pela percepção dos investidores de que a reforma da Previdência não será aprovada deu uma trégua nesta sexta (1º) e a Bolsa brasileira conseguiu fechar no azul pela primeira vez em três dia

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 01.12.2017, 19:20:00 Editado em 01.12.2017, 19:20:11
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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A turbulência provocada nos mercados pela percepção dos investidores de que a reforma da Previdência não será aprovada deu uma trégua nesta sexta (1º) e a Bolsa brasileira conseguiu fechar no azul pela primeira vez em três dias. Já o dólar perdeu força em meio às incertezas sobre a reforma tributária nos Estados Unidos.

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O Ibovespa, índice que reúne as ações mais negociadas, fechou em alta de 0,41%, para 72.264 pontos. O giro financeiro no pregão foi de R$ 7,7 bilhões.

O dólar comercial fechou em baixa de 0,42%, para R$ 3,257. O dólar à vista teve queda de 0,74%, para R$ 3,254.

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Os principais mercados internacionais caíram após o ex-conselheiro de segurança nacional americano Michael Flynn se declarar culpado por mentir para o FBI (polícia federal americana) sobre a Rússia.

Flynn foi indiciado por falso testemunho na noite desta quinta (30), por ter mentido ao FBI que não falara com Sergei Kislyak, embaixador da Rússia, ainda antes de Donald Trump assumir a presidência, em dezembro do ano passado.

Após a notícia, os mercados americanos passaram a cair, enquanto na Europa os principais índices fecharam em baixa.

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Aqui, após dois dias de baixa, o mercado acionário esboçou reação nesta sessão. Os investidores digeriram levantamento realizado pela Folha de S.Paulo que indica que as mudanças na aposentadoria não têm apoio suficiente na Câmara dos Deputados.

Ao menos 213 parlamentares devem votar contra a proposta, de acordo com enquete feita pela Folha de S.Paulo entre os dias 27 e 30 de novembro.

Nos dois pregões anteriores, o mercado brasileiro registrou queda acumulada de quase 3% diante da avaliação do mercado de que o governo teria dificuldade de obter os 308 votos necessários para passar a reforma.

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Neste final de semana, o Planalto realiza uma nova tentativa de atrair apoio à proposta, inicialmente prevista para ser apreciada na próxima quarta (6). Agora, o presidente Michel Temer passou a contar com a votação apenas na segunda semana do mês.

Enquanto isso, Temer intensifica as articulações para tentar aprovar as medidas. Neste fim de semana, ele deve realizar um jantar com líderes de partidos aliados e com o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, escolhido para comandar o PSDB. A intenção é tentar convencer o partido a votar a favor da reforma -nos últimos dias, os tucanos começaram a reivindicar mudanças no projeto, como o acúmulo de pensão e aposentadoria até R$ 5.531 (teto do INSS).

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"O simples fato de [o presidente da Câmara] Rodrigo Maia marcar data para votação já será sinalização importante de que o governo 'conseguiu' os 308 votos necessários, e até quem sabe, com alguma folga", avalia, em relatório, Alvaro Bandeira, economista-chefe do home broker Modalmais.

Por outro lado, os investidores praticamente desconsideraram o resultado do PIB (Produto Interno Bruto) no terceiro trimestre. A economia brasileira cresceu 0,1% de julho a setembro, abaixo da expectativa de alta de 0,3% dos analistas consultados pela agência Bloomberg.

AÇÕES

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Das 59 ações do Ibovespa, 23 caíram, 34 subiram e duas se mantiveram estáveis.

A maior alta do pregão foi registrada pelas ações da Ecorodovias, com avanço de 4,82%. Os papéis da CCR subiram 3,92%, enquanto Usiminas viu suas ações se valorizarem 3,74%.

Na outra ponta, a CPFL perdeu 4,62%, após queda de 16,97% na sessão anterior. Na quinta, a oferta pública de aquisição das ações da empresa pela chinesa State Grid movimentou R$ 11,3 bilhões. A Rumo teve baixa de 2,07%, e a Smiles perdeu 1,80%.

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As ações da Petrobras fecharam em alta, acompanhando o avanço de mais de 1% dos preços do petróleo no exterior.

A commodity subiu um dia após a Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) e outros grandes produtores concordarem em estender os cortes de produção até o final de 2018, com o objetivo de enfrentar o excesso de oferta global e impulsionar os preços.

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As ações mais negociadas da Petrobras subiram 1,5%, para R$ 15,61. Os papéis ordinários se valorizaram 1%, para R$ 16,11.

A mineradora Vale teve avanço de 0,97%, impulsionada pela forte valorização de 2,91% do minério de ferro.

No setor financeiro, as ações do Itaú Unibanco recuaram 0,10%. As ações preferenciais do Bradesco tiveram baixa de 0,25%, enquanto as ordinárias se valorizaram 0,59%. O Banco do Brasil teve ganho de 2,84%, e as units -conjunto de ações- do Santander Brasil tiveram alta de 1,25%.

DÓLAR

As incertezas envolvendo a reforma tributária nos Estados Unidos fizeram o dólar perder força ante 18 das 31 principais divisas do mundo.

O Senado dos Estados Unidos adiou a votação do planto tributário defendo pelos republicanos nesta quinta. O adiamento intensificou os temores de conservadores fiscais republicanos sobre o impacto do projeto de lei no deficit dos EUA.

O CDS (credit default swap, espécie de seguro contra calote) do Brasil ficou praticamente estável, com alta de 0,01%, para 170,8 pontos.

No mercado de juros futuros, os contratos mais negociados fecharam com baixa. O contrato com vencimento em janeiro de 2018 caiu de 7,018% para 7,005%. O contrato para janeiro de 2019 teve recuo de 7,110% para 7,090%.

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