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Ações trabalhistas têm queda após reforma entrar em vigor

Após entrar em vigor no dia 11 deste mês, a Reforma Trabalhista tem exigido uma série de atualizações tanto por parte de juízes, advogados, trabalhadores e empregadores. Um dos resultados provocados neste período de tramitação da nova legislação é a reduç

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 26.11.2017, 14:29:00 Editado em 26.11.2017, 17:52:17
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Após entrar em vigor no dia 11 deste mês, a Reforma Trabalhista tem exigido uma série de atualizações tanto por parte de juízes, advogados, trabalhadores e empregadores. Um dos resultados provocados neste período de tramitação da nova legislação é a redução significativa no número de ações impetradas. 

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Na 2ª Vara do Trabalho de Apucarana, que tem uma média mensal de 100 a 120 novas ações, uma semana antes da entrada em vigor das novas regras trabalhistas, o número de novos processos ultrapassou a média: foram impetradas 126. Já na semana seguinte, que engloba oito dias úteis entre 11 e 23 de novembro, apenas 11 ações deram entrada. Na Vara Única do Trabalho de Arapongas, a situação foi um pouco diferente. Na primeira semana de novembro, 16 novas ações foram impetradas. Após a Reforma Trabalhista, apenas seis novos processos foram protocolados. 

Para o juiz-titular  da 2ª Vara do Trabalho de Apucarana, Maurício Mazur, o período de vigência da nova legislação trabalhista é muito curto para que se avalie, de fato, o efeito da Reforma Trabalhista na propositura de novas ações. “Acredito que é preciso um tempo maior para fazer essa avaliação. De repente, nos próximos seis meses, vamos conseguir ter uma noção mais exata de como será o comportamento com a Reforma Trabalhista”, diz. Mazur, no entanto, observa que, nos dez dias anteriores a entrada em vigor da Reforma Trabalhista, houve um excesso de propositura de ações. 

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“Isso ocorreu justamente porque os escritórios de advocacia deram vazão aquelas ações que já estavam prontas para evitar adequá-las ao novo rito. Os advogados ainda estão se adaptando as novas formalidades da Reforma Trabalhista”, sublinha. Para o magistrado, caso haja uma diminuição de propositura de ações, será em razão da eficácia da negociação coletiva, da liberação de acordos individuais e flexibilização trabalhista, e não diretamente por causa das novas exigências dos processos trabalhistas. 

“É importante frisar que os novos processos serão mais qualificados, isso em razão da necessidade de se liquidar os pedidos. A partir de agora não se admite mais aquele pedido formulado genericamente, sem que esteja indicado o valor que está se pretendendo. Essa é a primeira barreira de adaptação no novo processo”, diz.Então, segundo ele, os processos, ainda que não diminuam a quantidade, “serão mais qualificados, efetivos e selecionados, pelos advogados e pelos próprios trabalhadores”. 

Nova legislação gera dúvidasNa avaliação do advogado Elvio Flávio Leonardi, de Apucarana, a primeira semana em vigor da reforma foi de “muita discussão e muitas decisões que causa impacto entre os advogados, principalmente dentro dos que atuam para os trabalhadores”. 

“Temos juízes que já aplicam todas as regras processuais de acordo com a nova legislação. Outros já são mais reticentes e declaram um ou outro ponto inconstitucional”, observa. Outra situação observada por Leonardi é a Medida Provisória 808, que alterou alguns pontos da Reforma Trabalhista. “Essas mudanças impactam diretamente do dia a dia de advogados e juízes e acabaram por gerar mais insegurança jurídica nos processos, ao invés de segurança como era argumentado”, diz o advogado, que acredita que a formação de nova jurisprudências ainda demore algum tempo para se consolidar.

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