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Sem efeito da repatriação e do Refis, arrecadação da Receita sobe 4,2%

MAELI PRADO BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - Excluídos os recursos com a repatriação, que inflaram os dados de 2016, e as receitas com o Refis e com o aumento do imposto sobre combustíveis, que entraram no mês passado, a arrecadação administrada pela Receita F

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 24.11.2017, 15:05:00 Editado em 24.11.2017, 15:05:11
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MAELI PRADO

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BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - Excluídos os recursos com a repatriação, que inflaram os dados de 2016, e as receitas com o Refis e com o aumento do imposto sobre combustíveis, que entraram no mês passado, a arrecadação administrada pela Receita Federal em outubro cresceu 4,2%.

Os dados foram divulgados pelo órgão nesta sexta-feira (24).

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Em outubro de 2016, a repatriação de recursos ilegais no exterior rendeu R$ 46,8 bilhões. No mês passado, as receitas com o Refis totalizaram R$ 7 bilhões, e a arrecadação extraordinária decorrente de alta no PIS/Cofins de combustíveis somou R$ 2,7 bilhões.

Se esses efeitos não forem excluídos, as receitas administradas pela Receita têm queda real (descontada a inflação) de 23,56% entre outubro deste ano e o mesmo mês de 2016.

Os números "limpos" desses impactos apontam para a recuperação da atividade econômica, afirma Claudemir Malaquias, chefe de estudos tributários e aduaneiros da Receita.

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Ele salientou que as receitas com Imposto de Importação, Imposto de Renda Retido na Fonte e o PIS/Cofins cresceram acima de 14% em relação a outubro do ano passado.

A arrecadação com IRPJ (Imposto de Renda da Pessoa Jurídica) e as receitas previdenciárias subiram, respectivamente, 2,8% e 5%.

"A produção industrial, a venda de bens e a massa salarial estão crescendo. Tudo mostra uma reação positiva da atividade econômica, que interferiu no resultado da arrecadação", afirmou.

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Quando são incluídas as receitas de outros órgãos, que incluem royalties de petróleo, por exemplo, o recuo foi de 20,73%.

No total, a arrecadação federal foi de R$ 121,1 bilhões em outubro.

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No acumulado do ano, as receitas federais somam R$ 1,089 trilhão, uma queda de 0,76% na comparação com o mesmo período de 2016.

Quando os mesmos efeitos são excluídos desse dado (repatriação, Refis e combustíveis) há um crescimento entre janeiro e outubro de 1,46%, o que, de acordo com Malaquias, tende a ser o novo patamar das receitas daqui para a frente.

"O número que melhor mostra a a trajetória da arrecadação para o ano é esse, que exclui os efeitos não recorrentes. Esse é o novo patamar da arrecadação a partir de agora para o ano."

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REFIS

A Receita informou que a arrecadação com o Refis, cujo prazo de adesão terminou na semana passada, somou R$ 7 bilhões em outubro.

Somada à receita de meses anteriores com o programa especial de parcelamentos, o total arrecadado com o programa até o mês passado foi de R$ 16,1 bilhões —a Receita não informou os dados de novembro.

No entanto, não será esse o valor que ficará nos cofres públicos com o programa, já que as regras do Refis foram bastante mudadas pelo Congresso: a Receita já informou que espera uma arrecadação de R$ 7,5 bilhões com o programa em 2017.

O contribuinte que aderiu pelas regras antigas, mais desfavoráveis, compensará a diferença no pagamento das próximas parcelas.

"Quando os débitos são muito antigos, tenho uma carga de multa e juros que foram desoneradas, e a diferença tende a ser maior. Se são mais recentes, em geral tem pouca coisa para desonerar", disse Malaquias.

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