MAIS LIDAS
VER TODOS

Economia

Nova reforma é 'maquiagem', diz sindicato

FERNANDA PERRIN SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A Força Sindical chamou de "Black Friday" de direitos trabalhistas a nova proposta de reforma da Previdência apresentada pelo governo, em referência ao dia de liquidações do comércio que acontece nesta sexta (2

Da Redação

·
Escrito por Da Redação
Publicado em 23.11.2017, 19:25:00 Editado em 23.11.2017, 19:25:08
Imagen google News
Siga o TNOnline no Google News
Associe sua marca ao jornalismo sério e de credibilidade, anuncie no TNOnline.
Continua após publicidade

FERNANDA PERRIN

continua após publicidade

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A Força Sindical chamou de "Black Friday" de direitos trabalhistas a nova proposta de reforma da Previdência apresentada pelo governo, em referência ao dia de liquidações do comércio que acontece nesta sexta (24).

Em resposta à movimentação do governo, que planeja colocar a proposta para votação até o fim do ano, as seis principais centrais marcaram uma reunião para esta sexta (24) às 10h. O objetivo é debater uma agenda de ações, como manifestações e paralisações, contra as mudanças.

continua após publicidade

O presidente Michel Temer remodelou a proposta de regras para aposentadoria em um pacote mais enxuto. Os principais pontos são a exigência de idade mínima de 65 anos (homens) e 62 anos (mulheres), 15 anos de contribuição (setor privado) e 25 anos (setor público) e limitação de até dois salários mínimos para acúmulo de pensões.

Em nota, a Força afirma que a nova versão do texto é "apenas uma maquiagem" na tentativa de esconder o objetivo de "dificultar as novas aposentadorias". "Não podemos deixar de destacar que valorizar as aposentadorias é uma forma justa de distribuição de renda", completa.

Estudo divulgado pelo Banco Mundial sobre gastos públicos no Brasil, contudo, afirma que mais de um terço do total que o governo tem que desembolsar para fazer frente à Previdência vai para pagar as aposentadorias dos 20% mais ricos da população. Na outra ponta, os 20% mais pobres recebem 4% dos subsídios previdenciários.

continua após publicidade

Para Sérgio Nobre, secretário-geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), o enxugamento da proposta original do governo "não tem nada de positivo". "Não é uma reforma light; vai prejudicar o trabalhador", diz.

Ele conta que a central vai orientar as bases para pressionar congressistas a votarem contra. "É bom que deputados pensem bem, porque isso é sensível. A sociedade brasileira não aceita mexer na Previdência", afirma.

Para Moacir Lopes, da Federação Nacional de Sindicatos de Trabalhadores em Saúde, Trabalho, Previdência e Assistência Social (Fenasps), a proposta faz do servidor público em "bode expiatório".

Ele critica o que chama de desvios da contribuição de trabalhadores na ativa, cujos recursos são usados para pagar aposentados rurais, beneficiários do BPC (Benefício de Prestação Continuada) ou outras finalidades, via DRU (Desvinculação de Receitas da União).

Gostou desta matéria? Compartilhe!

Icone FaceBook
Icone Whattsapp
Icone Linkedin
Icone Twitter

Mais matérias de Economia

    Deixe seu comentário sobre: "Nova reforma é 'maquiagem', diz sindicato"

    O portal TNOnline.com.br não se responsabiliza pelos comentários, opiniões, depoimentos, mensagens ou qualquer outro tipo de conteúdo. Seu comentário passará por um filtro de moderação. O portal TNOnline.com.br não se obriga a publicar caso não esteja de acordo com a política de privacidade do site. Leia aqui o termo de uso e responsabilidade.
    Compartilhe! x

    Inscreva-se na nossa newsletter

    Notícia em primeira mão no início do dia, inscreva-se agora!