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Governo eleito no Brasil terá que continuar ajustes fiscais, diz Moody's

DANIELLE BRANT SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O governo que sair das eleições de 2018 terá que dar continuidade aos ajustes iniciados pela administração de Michel Temer para melhorar o quadro fiscal do país, afirmou, nesta terça (21), Mauro Leos, responsáve

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 21.11.2017, 15:30:00 Editado em 21.11.2017, 15:30:11
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DANIELLE BRANT

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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O governo que sair das eleições de 2018 terá que dar continuidade aos ajustes iniciados pela administração de Michel Temer para melhorar o quadro fiscal do país, afirmou, nesta terça (21), Mauro Leos, responsável por ratings soberanos de América Latina na agência de classificação de risco Moody's.

Em evento em São Paulo, Leos falou sobre a situação fiscal do país, em que a composição dos gastos não permite ao governo flexibilidade para aumentar os investimentos, na avaliação dele.

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"A próxima Administração terá que continuar o progresso não apenas em 2019, mas também em 2020, 2021, 2022", afirmou.

No caso brasileiro, o endividamento elevado é um problema provocado pela estrutura engessada de gastos, diz. Em 2016, os gastos do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), que paga benefícios a trabalhadores urbanos e rurais do setor privado, representaram 41% das despesas do governo federal.

"Há algumas condições que ajudariam na estabilização da dívida. Nós não precisamos de crescimento, e sim de crescimento sustentado, do teto de gastos e da reforma da Previdência", ressalta.

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Sobre as eleições de 2018, Leos avalia que, no momento, o Brasil está em uma situação de incerteza política. "Nesse cenário, você não sabe o que vai acontecer. Na Colômbia, agora, você tem 15 candidatos à Presidência. Então nós não sabemos. Isso é incerteza", afirmou.

Já o risco político, complementa, é o que ocorre no México, em que um candidato de esquerda -Andres Manuel Lopez Obrador- lidera as intenções de voto. "Risco implica a possibilidade de que a perspectiva política represente mudanças em políticas. No México,o candidato de esquerda está liderando as pesquisas e já disse ser contra as reformas. Então se ele chegar no poder, pode retroceder com as reformas", diz.

"No caso do Brasil, há mais incerteza. Você tem os grandes partidos estabelecidos, outros participantes independentes. Temos que levar isso em consideração para, depois, avaliar se há risco político", afirmou Leos.

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Na Moody's, o Brasil tem rating Ba2, o que situa o país no grau especulativo, ou seja, considerado mau pagador de dívidas. Segundo Leos, uma equipe da agência vem ao país no primeiro trimestre para reavaliar a situação fiscal brasileira.

"Então nós viremos em março. Veremos os números, como o cenário político está. Vamos nos reunir com nossa divisão local e teremos que tomar uma decisão sobre como vemos o Brasil não só no próximo ano, mas nos próximos anos", afirmou.

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