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Energia e gás levam inflação ao maior nível em 14 meses

NICOLA PAMPLONA RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) - Puxada por aumentos na conta de luz e no botijão de gás, a inflação acelerou de 0,16% em setembro para para 0,42%, em outubro, maior índice desde agosto de 2016. Em 12 meses, a taxa também subiu, de 2,54%

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 10.11.2017, 20:05:00 Editado em 10.11.2017, 20:05:11
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NICOLA PAMPLONA

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RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) - Puxada por aumentos na conta de luz e no botijão de gás, a inflação acelerou de 0,16% em setembro para para 0,42%, em outubro, maior índice desde agosto de 2016.

Em 12 meses, a taxa também subiu, de 2,54% para 2,70%, ainda abaixo do piso (3%) e do centro (4,5%) da meta do governo.

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A expectativa é que o indicador de novembro siga pressionado por eletricidade e combustíveis, diante da mudança no valor da bandeira tarifária cobrada na conta de luz e de recentes altas na gasolina e no gás de botijão.

Segundo o IBGE, o grupo Habitação, em que se enquadram energia e gás de botijão, foi responsável por metade da alta do IPCA em outubro. A inflação desse grupo foi de 1,33% no mês, ante queda de 0,12% em setembro.

A energia subiu 3,21% no mês, diante da adoção da bandeira vermelha patamar 2, que acrescentou à conta de luz R$ 3,50 a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos para pagar o uso de usinas térmicas.

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Já o gás de botijão teve alta de 4,49%, resultado de reajuste de 12,9% promovido pela Petrobras nas refinarias, para acompanhar as cotações internacionais do produto.

No ano, a energia elétrica acumula alta de 9,27%, e o gás, de 12,98%. A tendência de alta deve se manter, já que a bandeira vermelha patamar 2 foi elevada para R$ 5 por 100 kWh e a Petrobras anunciou novo reajuste no preço do gás, de 4,5%.

O segundo grupo com maior impacto foi o de Transportes, com alta de 0,49% e contribuição de 0,09 ponto percentual, puxado pela alta das passagens aéreas.

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ALIMENTOS

Entre os nove grupos pesquisados pelo IBGE, apenas Alimentação e Bebidas (-0,05%) e Artigos de Residência (-0,39%) tiveram impacto negativo no mês.

No primeiro caso, foi o sexto mês consecutivo de queda, o que só havia ocorrido em 1997. No acumulado do ano, esse grupo tem queda de 2,02%, a maior desde 1994, mas o ritmo de redução já é menor do que em meses anteriores, devido ao fim da safra.

O economista do IBGE Fernando Gonçalves disse, porém, que ainda é cedo para decretar uma mudança de rota na trajetória dos preços.

"Durante o ano todo, a oferta de alimentos foi muito boa, o que ajudou a controlar a inflação. Em outubro, tivemos a energia puxando para cima", disse Gonçalves.

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