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deve injetar R$ 200 bilhões na economia; maioria quer pagar dívidas

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O pagamento do 13º salário a cerca de 83,3 milhões de brasileiros deve injetar R$ 200 bilhões na economia do país até dezembro deste ano, estima levantamento do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socio

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 08.11.2017, 15:05:00 Editado em 08.11.2017, 15:05:11
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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O pagamento do 13º salário a cerca de 83,3 milhões de brasileiros deve injetar R$ 200 bilhões na economia do país até dezembro deste ano, estima levantamento do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos).

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O montante, que representa aproximadamente 3,2% do PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro, é pago a empregados do mercado formal, incluindo trabalhador doméstico, e beneficiários da Previdência. A renda dessas pessoas receberá, em média, um acréscimo de R$ 2.2251.

O cálculo do Dieese considera dados da Rais (Relação Anual de Informação Social) e do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), ambos do Ministério do Trabalho. Também foram usadas informações da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), realizada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), da Previdência Social e da STN (Secretaria Nacional do Tesouro).

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O número de pessoas que receberá o 13º salário em 2017 é superior em 0,4% ao de 2016. O Dieese destaca comportamentos opostos entre os segmentos de beneficiários mais importantes numericamente: a quantidade de empregados do setor formal caiu 3,9%, enquanto a de aposentados e pensionistas do INSS teve leve alta de 0,9%.

O valor que deve ser pago em 2017 subiu 4,7% ante os R$ 191,4 bilhões do ano passado, o que deve significar um aumento de 1,4% acima da inflação prevista para o ano.

ONDE GASTAR

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Em outra pesquisa, com 1.045 consumidores, a Anefac (Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade) apurou que 85% dos entrevistados pretendem utilizar o 13º para pagar dívidas contraídas -aumento de 4,94% em relação a 2016.

Ao mesmo tempo, houve queda de 33,3% nos consumidores que devem poupar parte do que sobrar para as despesas de começo de ano, como IPVA e IPTU.

Segundo Miguel de Oliveira, diretor de estudos e pesquisas econômicas da associação, essa redução se deve ao fato de que, com o maior endividamento das famílias, boa parte dos recursos serão destinados ao pagamento de dívidas, reduzindo o volume que sobra para aplicações financeiras.

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A maioria (94%) dos entrevistados tem dívidas no cheque especial e no cartão de crédito. Este é a linha com maior peso na composição das dívidas em aberto dos consumidores, atingindo em 2017 51% do total -alta de 6,25% ante 2016. O cheque especial responde por 43% do saldo devedor (elevação de 4,88% sobre o ano passado).

Apenas 5% dos entrevistados presentem usar o dinheiro extra para comprar presente -queda de 16,67% na comparação com 2016. Os consumidores têm se mostrado preocupados em reduzir o volume de seus gastos neste Natal: 95% pretendem gastar até R$ 500,00, contra 94% em 2016. A maioria (35%) quer gastar entre R$ 200 e R$ 500.

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Neste ano, os produtos que mais devem atrair os recursos do 13º serão roupas (70%), celulares (61%) e bens diversos (59%). A Anefac atribuiu a redução (-4,55%) na intenções de compra de brinquedos a uma mudança de hábito de consumo do público, que vem preferindo cada vez mais produtos eletrônicos e celulares.

A pesquisa demonstra ainda um aumento na intenção dos consumidores de pagar com recursos próprios: 87% dizem que vão pagar à vista no cheque ou cartão de débito, alta de 1,16% ante 2016. Na outra ponta, o número de consumidores que deverão utilizar financiamento bancário caiu 22,22%.

COMO GASTAR

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A Anefac sugere que, de fato, o 13º seja utilizado para o pagamento de dívidas, principalmente aquelas com taxas de juros mais altas, como a do rotativo do cartão de crédito (332,4% ao ano em setembro) e do cheque especial (321,3% ao ano).

Quitadas as dívidas, a recomendação é tentar reservar valores para as despesas de começo do ano, além das compras de Natal, para evitar começar o próximo ano novamente no vermelho.

"Se possível adie suas compras para juntar o dinheiro e comprar à vista evitando os juros. Caso isso não seja possível, pesquise muito, barganhe e compre nos menores prazos possíveis -quanto menor o prazo menor a incidência de juros", diz a associação.

As compras de Natal podem ser antecipadas. "Quanto mais próximo das festas deixar para comprar, mais caro os produtos ficarão", alerta a Anefac. Outras compras podem ser feitas em janeiro, quando há queima de estoque em diversas lojas.

"Não tendo dívidas ou após a regularização das dívidas existentes e sobrando algum valor, aplique em um fundo de renda fixa ou na caderneta de poupança", recomenda a associação.

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