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Senadores defendem projeto mais enxuto para alterar Previdência

GUSTAVO URIBE E TALITA FERNANDES BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - Com a repercussão negativa, o presidente Michel Temer escalou integrantes de sua equipe ministerial para tentar reduzir o impacto de discurso no qual admitiu que a reforma previdenciária pode se

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 07.11.2017, 20:20:00 Editado em 07.11.2017, 20:20:11
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GUSTAVO URIBE E TALITA FERNANDES

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BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - Com a repercussão negativa, o presidente Michel Temer escalou integrantes de sua equipe ministerial para tentar reduzir o impacto de discurso no qual admitiu que a reforma previdenciária pode ser derrotada.

Os ministros Henrique Meirelles (Fazenda) e Eliseu Padilha (Casa Civil) pregaram publicamente nesta terça-feira (7) que o peemedebista ainda acredita na aprovação da proposta, diferentemente do tom adotado na véspera.

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Em encontro com a bancada da Câmara dos Deputados, na segunda-feira (6), Temer reconheceu que a reforma previdenciária pode não ser votada, mas defendeu que isso não inviabilizará o governo federal.

Ele disse que continuará a defender a aprovação da iniciativa, mesmo que a população, a imprensa e o Congresso Nacional sejam contra ela.

O reconhecimento de que a proposta pode ser derrotada causou apreensão em empresários e investidores, para os quais o presidente "jogou a toalha".

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Com a polêmica, o presidente evitou se alongar e citou apenas de maneira indireta a reforma previdenciária em discurso inicial feito nesta terça-feira (7) em reunião com os senadores governistas.

"Para finalizar, o apelo de que nós insistíssemos um pouco na sequência das reformas fundamentais para o país", disse.

Segundo relatos, no decorrer da reunião, o peemedebista tratou do assunto, mas sem reconhecer enfaticamente que a proposta pode ser derrotada.

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No encontro, o presidente do Senado Federal, Eunício Oliveira (PMDB-CE), disse que se a reforma não tivesse tido tanta incompreensão, ela já teria sido aprovada.

"Mais uma vez, vão vender para a população que o senhor [Michel Temer] vai ser o culpado de tudo que não vai acontecer", disse.

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Em São Paulo, nesta terça, o ministro Henrique Meirelles (Fazenda) afirmou que não vai recuar na reforma da Previdência.

Em Brasília, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou não ter visto com tanto "pessimismo" o discurso de Temer.

"O governo precisa chamar seus líderes, os presidentes dos partidos, individualmente, e tentar mais uma conversa mostrando qual o impacto da não realização da reforma já em 2018", completou Maia.

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NOVA PROPOSTA

Nesta terça-feira, em encontro com Temer, senadores defenderam que o governo envie ao Congresso um novo projeto para reforma.

Temer recebeu lideranças de partidos da base aliada. Durante a conversa, ele ouviu posição unânime entre os presentes de que não há chances de o Congresso aprovar a reforma no formato atual.

Governistas defenderam uma proposta mais flexível e enxuta, que mantenha pelo menos a fixação da idade mínima.

Eles lembraram que, caso a iniciativa seja aprovada neste ano na Câmara, será apreciada no Senado só no mês de março, poucos meses antes do início da campanha eleitoral.

Segundo relatos de presentes, o presidente voltou a defender a aprovação de uma proposta possível e disse que o país será derrotado caso uma mudança nas aposentadorias não seja feita.

O líder do PSDB, Paulo Bauer (SC), chegou a propor um novo modelo para que as mudanças que forem aprovadas agora passem a valer apenas para aqueles que ainda não entraram no mercado de trabalho. Ele brincou que, pelo projeto atual, os senadores teriam de votar a Previdência em pleno feriado de Carnaval, devido ao calendário apertado.

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