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Bolsa segue exterior e cai com crise na Catalunha; dólar sobe para R$ 3,17

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - As preocupações com o projeto separatista da região da Catalunha, na Espanha, aumentaram a aversão a risco dos investidores nesta quinta (19) e provocaram queda dos principais mercados acionários do mundo. A Bolsa brasileira a

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 19.10.2017, 19:00:00 Editado em 19.10.2017, 19:00:08
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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - As preocupações com o projeto separatista da região da Catalunha, na Espanha, aumentaram a aversão a risco dos investidores nesta quinta (19) e provocaram queda dos principais mercados acionários do mundo. A Bolsa brasileira acompanhou esse cenário e recuou, enquanto o dólar se valorizou em relação ao real.

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O Ibovespa, índice das ações mais negociadas, fechou em baixa de 0,40%, para 76.283 pontos. O volume negociado foi de R$ 7,16 bilhões, abaixo da média diária do ano, de R$ 8,48 bilhões.

O dólar comercial fechou em alta de 0,34%, para R$ 3,176. O dólar à vista subiu 0,10%, para R$ 3,175.

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O dia foi de mau humor generalizado nos mercados acionários globais por causa da crise na Catalunha. Nesta quinta, o governo espanhol avançou com seus planos de revogar a autonomia da região e convocar eleições locais antecipadas.

O premiê conservador, Mariano Rajoy, acionou o Artigo 155 da Constituição, em resposta à intenção catalã de levar adiante o projeto separatista. O prazo para que a região esclarecesse se havia proclamado sua independência terminava nesta quinta. Se fosse o caso, a Catalunha deveria revogar a decisão.

Em vez disso, o presidente catalão, Carles Puigdemont, ameaçou realizar uma votação no Parlamento regional para declarar formalmente a separação do território, agravando a mais grave crise espanhola desde a redemocratização nos anos 1970.

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"O passo dado pelo governo espanhol de iniciar o processo que pode retirar o controle administrativo da região da Catalunha e a autonomia da região e também de convocar novas eleições deixou os investidores cautelosos hoje, causando realização das Bolsas. Aqui, a gente acompanhou esse aumento da cautela", afirma Luciano Rostagno, estrategista-chefe do banco Mizuho do Brasil.

Na Europa, a Bolsa de Londres recuou 0,26%, enquanto a de Frankfurt caiu 0,41%. Em Paris, o índice CAC-40 perdeu 0,29%. Em Milão, o índice FTSE/MIB teve desvalorização de 0,99%, e em Madri o indicador Ibex-35 registrou baixa de 0,74%. Em Lisboa, o índice PSI-20 caiu 0,02%.

No cenário doméstico, a política continua no radar dos investidores. A Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados aprovou na noite de quarta (18) o relatório favorável à rejeição da segunda denúncia da Procuradoria-Geral da República contra o presidente Michel Temer.

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Foram 39 votos favoráveis ao presidente e 26 contra, com 1 abstenção -dois a menos do que o Planalto obteve na análise da primeira acusação criminal pela comissão. E três a menos do que esperava ter agora.

"A votação não pode ser usada como parâmetro para projetar um resultado no plenário, é uma votação diferente. O mercado vai aguardar a votação em plenário para, aí sim, ter um retrato do apoio que o governo tem no Congresso. A partir daí, vai ver o que dá para esperar em termos de aprovação das reformas", ressalta Rostagno.

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AÇÕES

Das 59 ações do Ibovespa, 15 subiram, 41 caíram e três fecharam estáveis.

As ações da Usiminas lideraram as altas, com avanço de 4,45%. Os papéis de siderúrgicas e mineradoras contiveram um pouco da queda da Bolsa nesta quinta. As ações da Vale, que começaram o dia em baixa, viraram e passaram a subir durante a tarde.

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Os papéis ordinários da mineradora avançaram 2,26%, para R$ 33. As ações preferenciais tiveram alta de 3,02%, para R$ 30,68. A alta ocorreu mesmo com a queda de 2,93% do preço do minério de ferro. A empresa divulgou dados de produção, com recorde de 95,1 milhões de toneladas do minério no terceiro trimestre.

O volume produzido no terceiro trimestre cresceu 3,3% em relação ao mesmo período do ano passado e avançou 3,6% ante o trimestre anterior, principalmente devido à melhor performance operacional no Sistema Norte e ao desenvolvimento da mina S11D, no Pará.

"O relatório veio em linha com o consenso do mercado, mas ainda assim foi positivo, ajudando as ações", afirma Roberto Indech, analista-chefe da Rico Corretora.

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As ações da Petrobras fecharam em baixa, seguindo a desvalorização dos preços do petróleo. Os papéis preferenciais da estatal caíram 0,06%, para R$ 16,15. As ações ordinárias tiveram baixa de 0,66%, para R$ 16,50.

No setor financeiro, as ações do Itaú Unibanco recuaram 0,72%. Os papéis preferenciais do Bradesco perderam 0,41%, e os ordinários fecharam estáveis. As ações do Banco do Brasil se desvalorizaram 0,67%. As units -conjunto de ações- do Santander Brasil caíram 1,24%.

DÓLAR

No mercado cambial, o dólar perdeu força ante 21 das 31 principais moedas do mundo. A desvalorização ocorreu após rumores de que o presidente americano, Donald Trump, estaria inclinado a escolher Jerome Powell como próximo presidente do banco central americano.

Ele é considerado mais conservador, assim como a atual presidente do Fed, Janet Yellen.

O CDS (credit default swap, espécie de termômetro de risco-país) recuou 2,29%, para 171,1 pontos. Foi o sétimo dia de queda do indicador.

No mercado de juros futuros, os contratos mais negociados com vencimento mais curto tiveram queda. O DI para janeiro de 2018 recuou de 7,343% para 7,320%. A taxa para janeiro de 2019 caiu de 7,260% para 7,230%.

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