MAIS LIDAS
VER TODOS

Economia

Bolsa e dólar fecham estáveis antes de Fed e em dia de agenda esvaziada

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A escassez de notícias econômicas e políticas nesta terça (19) fez a Bolsa brasileira e o dólar fecharem perto da estabilidade, à espera de uma sinalização do banco central americano sobre a elevação da taxa de juros nos Estad

Da Redação

·
Escrito por Da Redação
Publicado em 19.09.2017, 18:20:09 Editado em 19.09.2017, 18:20:09
Imagen google News
Siga o TNOnline no Google News
Associe sua marca ao jornalismo sério e de credibilidade, anuncie no TNOnline.
Continua após publicidade

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A escassez de notícias econômicas e políticas nesta terça (19) fez a Bolsa brasileira e o dólar fecharem perto da estabilidade, à espera de uma sinalização do banco central americano sobre a elevação da taxa de juros nos Estados Unidos e sobre a redução de seu balanço patrimonial.

continua após publicidade

O Ibovespa, índice que reúne as ações mais negociadas, fechou com leve queda de 0,02%, para 75.974 pontos.

O dólar comercial teve alta de 0,03%, para R$ 3,137. O dólar à vista, que fecha mais cedo, avançou 0,20%, para R$ 3,135.

continua após publicidade

Os investidores foram norteados nesta sessão pela reunião de dois dias do comitê de política monetária do banco central americano (Federal Reserve, o Fed), que termina nesta quarta (20). Embora a expectativa seja de manutenção de juros na faixa entre 1% e 1,25% ao ano, o mercado aguarda uma avaliação sobre a economia americana e sobre a redução do balanço patrimonial do Fed.

Atualmente, o Fed detém US$ 4,2 trilhões em títulos do Tesouro e papéis lastreados em hipotecas. A expectativa é que a redução comece neste ano. Uma alta de juros só é vislumbrada na reunião do Fed de dezembro.

"Alguns membros do Fed acham que é interessante detalhar melhor quando o aumento dos juros será retomado. A inflação tem mostrado recuperação, mas outros dados, como de mercado de trabalho, não têm vindo tão positivos para acelerar a alta dos juros", avalia Régis Chinchila, analista da Terra Investimentos.

continua após publicidade

Os indicadores americanos, que reagem a essa possibilidade de adiamento do aumento dos juros só para o próximo ano, bateram novos recordes nesta sessão. O índice Dow Jones subiu 0,18%, para 22.370 pontos. O S&P 500 se valorizou 0,11%, para 2.506 pontos, e o índice da Bolsa de tecnologia Nasdaq ganhou 0,10%, para 6.461 pontos.

Aqui, a Bolsa teve um dia de leve realização de lucros, intensificada pouco após a divulgação de sondagem CNT/MDA para as eleições presidenciais de 2018. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva lidera em todos os cenários no primeiro e no segundo turno, enquanto o deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ) surge em segundo lugar nas simulações.

A Bolsa, que caía 0,64% por volta de meio-dia, intensificou a baixa para 0,91%, mas depois voltou a ganhar terreno e chegou a esboçar fechar no azul. Acabou perdendo força e ficando praticamente no zero a zero.

continua após publicidade

"A pesquisa eleitoral chacoalhou o mercado, porque mostra que Lula ainda tem uma força política que o mercado achou que ele tinha perdido após as delações do [ex-ministro Antonio] Palocci", diz Chinchila.

AÇÕES

continua após publicidade

Após nove altas seguidas, as ações da Natura lideraram as quedas do Ibovespa, ao recuarem 4,55%. As ações de siderúrgicas, que vinham subindo nas últimas sessões, também recuaram, refletindo a queda no preço do aço no exterior.

A mineradora Vale fechou em baixa, sob impacto da desvalorização de mais de 4% dos preços do minério de ferro. Os papéis ordinários da Vale perderam 0,96%, para R$ 33,92. As ações preferenciais tiveram baixa de 0,60%, para R$ 31,33.

A Petrobras conseguiu sustentar alta, apesar da queda dos preços do petróleo no exterior com o aumento dos estoques da commodity nos EUA. Os papéis preferenciais da estatal subiram 0,66%, para R$ 15,14. As ações ordinárias avançaram 0,32%, para R$ 15,78.

continua após publicidade

No setor financeiro, o Itaú Unibanco caiu 0,36%. As ações preferenciais do Bradesco subiram 0,30%, e as ordinárias se valorizaram 0,84%. O Banco do Brasil teve queda de 0,12%, e as units -conjunto de ações- do Santander Brasil recuaram 0,63%.

A JBS, que caiu quase 4% e perdeu cerca de R$ 1 bilhão em valor de mercado na segunda, voltou a cair nesta terça. Os papéis recuaram 0,94%. A empresa ameaçou tomar medidas legais contra o BNDES e seu braço de participações BNDESPAr após críticas do presidente do banco de fomento, Paulo Rabello de Castro, na véspera.

Em carta da empresa a Rabello de Castro, cuja cópia foi obtida pela Reuters, a JBS notifica que poderá tomar medidas legais junto ao "Ministério Público, à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), ao Poder Judiciário e à Câmara de Mercado da B3".

DÓLAR

No mercado cambial, os investidores também aguardam uma sinalização do Fed antes de se posicionar. Nesta terça, a moeda americana ganhou força ante 23 das 31 principais divisas mundiais.

O Banco Central deu continuidade às atuações no mercado e vendeu 12 mil contratos de swap cambial tradicional (equivalentes à venda de dólares no mercado futuro) para rolagem do vencimento de outubro. Até agora, o BC já rolou US$ 1,8 bilhão dos US$ 9,975 bilhões que vencem em outubro.

O CDS (credit default swap) brasileiro, espécie de termômetro de risco-país, subiu 1,10%, para 180 pontos.

No mercado de juros futuros, os contratos mais negociados fecharam com sinais mistos. O DI para janeiro de 2018 subiu de 7,585% para 7,590%. O DI para janeiro de 2019 recuou de 7,460% para 7,390%.

Gostou desta matéria? Compartilhe!

Icone FaceBook
Icone Whattsapp
Icone Linkedin
Icone Twitter

Mais matérias de Economia

    Deixe seu comentário sobre: "Bolsa e dólar fecham estáveis antes de Fed e em dia de agenda esvaziada"

    O portal TNOnline.com.br não se responsabiliza pelos comentários, opiniões, depoimentos, mensagens ou qualquer outro tipo de conteúdo. Seu comentário passará por um filtro de moderação. O portal TNOnline.com.br não se obriga a publicar caso não esteja de acordo com a política de privacidade do site. Leia aqui o termo de uso e responsabilidade.
    Compartilhe! x

    Inscreva-se na nossa newsletter

    Notícia em primeira mão no início do dia, inscreva-se agora!