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RAQUEL LANDIM
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A assembleia geral de acionistas da JBS foi suspensa até a decisão de um tribunal arbitral que deve ocorrer dentro de 15 dias.
A Justiça atendeu a um pedido da holding J&F que tentava cassar uma liminar obtida por BNDESPar e Caixa Econômica Federal para impedi-la de votar.
Por meio da FB Participações, a J&F possui 42,16% da empresa, enquanto BNDESPar e Caixa têm, juntos, cerca de 26% da empresa. Os sócios estão travando uma batalha na Justiça.
Por solicitação do BNDESPar, a AGE decidiria nesta sexta-feira (1º) se afastaria Wesley Batista da presidência da JBS e se deveria entrar com processo contra os controladores por prejuízos causados à companhia, que tenham sido provocados pelos crimes revelados na delação premiada dos irmãos.
Com a decisão da Justiça, caberá a um tribunal arbitral definir sobre a assembleia para definir o futuro dos irmãos Batista na empresa.
Desde que assumiu o cargo, em junho, por indicação de Michel Temer, o atual presidente do BNDES, Paulo Rabello de Castro, transformou o afastamento dos Batista da JBS em uma de suas principais bandeiras. Temer foi acusado de corrupção por Joesley na delação.
Com a briga, um acordo entre os sócios fica cada vez mais difícil. Wesley, no entanto, estaria disposto a deixar a presidência-executiva da empresa, mas numa transição controlada após o fim do seu mandato, em meados do ano que vem.
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