JOANA CUNHA
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O empresário Jorge Paulo Lemann disse que acha que "o Brasil vai sofrer uma grande transformação no ano que vem e nos próximos anos".
Em evento anual de sua Fundação Estudar, que dá bolsas a estudantes, Lemann não fez referência direta à crise de representatividade pela qual o país passa. Mas manifestou o desejo de que, no futuro, o Brasil tenha como presidente alguém que tenha sido bolsista da entidade.
Criada há 26 anos, a Fundação Estudar já concedeu bolsas a mais de 650 estudantes brasileiros em universidades de ponta no país e no exterior. A instituição também oferece mentoria a estudantes com a pretensão de transmitir o que Lemann chama de "cultura de excelência".
Marcel Telles e Beto Sicupira, seus parceiros na aquisição de gigantes como AB Inbev e Kraft Heinz, também são fundadores da entidade.
Lemann disse esperar que bolsistas e pessoas ligadas à Estudar tenham oportunidade de participar da transformação no país, como empreendedores, políticos ou trabalhando no setor público.
"Continuo animado com o Brasil e acho que essa transformação vai ocorrer agora, e todo esse trabalho que a Fundação Estudar tem feito vai contribuir para termos um país melhor em alguns anos."
Antes de abrir o evento para palestras de bolsistas e membros da entidade, Lemann, 25ª pessoa mais rica do mundo com uma fortuna de US$ 31,2 bilhões, brincou que ali se apresentariam "alguns candidatos a presidente".
"Espero que alguns dos bolsistas da fundação venham a ser presidentes do Brasil no futuro e arrastem outros bolsistas, porque uma das coisas em que damos muita ênfase é no networking [rede de contatos], para eles se conhecerem e ajudarem uns aos outros", disse.
"Se alguém for para um cargo elevado e levar vários outros, vamos ter um Brasil muito melhor", completou.
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