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No litoral fluminense, Macaé ganha 'praça do desempregado'

NICOLA PAMPLONA, ENVIADO ESPECIAL MACAÉ, RJ (FOLHAPRESS) - Logo na chegada a Macaé (RJ), a 190 quilômetros do Rio, chama a atenção o grande número de estabelecimentos comerciais fechados, com placas de "aluga-se" ou "vende-se", uma mostra de quanto a cris

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 05.08.2017, 08:45:03 Editado em 05.08.2017, 08:45:03
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NICOLA PAMPLONA, ENVIADO ESPECIAL

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MACAÉ, RJ (FOLHAPRESS) - Logo na chegada a Macaé (RJ), a 190 quilômetros do Rio, chama a atenção o grande número de estabelecimentos comerciais fechados, com placas de "aluga-se" ou "vende-se", uma mostra de quanto a crise do petróleo se alastrou para outros setores da economia local.

O Sindicato dos Empregados do Comércio de Macaé estima que 630 estabelecimentos tenham fechado as portas na cidade apenas neste ano. Quem sobreviveu teve de se adaptar à nova rotina.

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"Uma hora dessas, tinha um mar de pessoas passando aqui na porta. Hoje, é só esse pouquinho aí", lamenta o comerciante Paulo Roberto Laje Soares, 54, apontando para a saída de empregados do porto da Petrobras no horário do almoço.

Dono de uma padaria na área há oito anos, ele demitiu seis das oito atendentes. Das duas restantes, uma trabalha em meio período. "O movimento caiu uns 70%."

Principal base de apoio às operações da bacia de Campos, a cidade acumula um saldo negativo de 29.118 postos de trabalho desde 2015, segundo dados do Ministério do Trabalho, depois que a Petrobras decidiu focar seus recursos na expansão do pré-sal na bacia de Santos.

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O desemprego é tão grande que a praça Veríssimo de Melo, na área central do município fluminense, passou a ser conhecida como "praça do desempregado".

BICOS

"É aqui que a gente se encontra para dialogar, para trocar informação", afirma Reginaldo de Jesus Gonçalves, 51, 25 deles trabalhando no setor de petróleo como plataformista, profissional responsável pelas operações no convés de uma sonda de perfuração.

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"Neste tempo todo, foi a primeira vez que fiquei sem emprego", conta ele, há um ano procurando nova ocupação. Perdeu o salário de R$ 2.200 e tem se virado com bicos.

A Petrobras diz que o foco de seu plano de negócios é reduzir o elevado endividamento dos últimos anos para permitir "um ciclo virtuoso de mais investimentos, maior receita, mais empregos, royalties e arrecadação".

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