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Relator no Congresso recomenda mudança de taxa do BNDES

MARIANA CARNEIRO BRASILIA, DF (FOLHAPRESS) - Relatório do deputado Betinho Gomes (PSDB-PE) recomendará que a mudança da taxa de juros do BNDES seja aprovada no Congresso Nacional. No texto que será apresentado nesta terça (1º), o deputado se mostra favorá

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 31.07.2017, 22:20:08 Editado em 31.07.2017, 22:20:08
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MARIANA CARNEIRO

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BRASILIA, DF (FOLHAPRESS) - Relatório do deputado Betinho Gomes (PSDB-PE) recomendará que a mudança da taxa de juros do BNDES seja aprovada no Congresso Nacional.

No texto que será apresentado nesta terça (1º), o deputado se mostra favorável ao fim dos subsídios concedidos às empresas que tomam crédito no banco. A proposta, elaborada pela equipe econômica, enfrenta forte resistência do setor industrial paulista.

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A mudança prevê eliminar a atual TJLP dos empréstimos do BNDES em cinco anos. No lugar, será implantada nos novos financiamentos a TLP. A diferença é que a nova taxa seguirá a variação dos títulos do governo NTN-B, o que tende a eliminar os gastos do Tesouro e do FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador) para manter uma taxa mais baixa às empresas.

A TJLP está em 7% ao ano atualmente e é fixada trimestralmente pelo CMN (Conselho Monetário Nacional). Como é inferior à Selic (hoje em 9,25% ao ano), a diferença e bancada pelo FAT e pelo Tesouro.

Representantes do setor produtivo se queixam de que a mudança resultará numa taxa mais alta para as empresas que tomam recursos no banco para investir.

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Já técnicos da equipe econômica argumentam que os recursos que são direcionados às empresas fazem falta em outros programas, inclusive no pagamento do seguro-desemprego -outra fonte de despesas do FAT.

Em seu relatório, Gomes mantém a transição em cinco anos, como proposto pelo governo quando editou a medida provisória que cria a TLP. Muitas das emendas ao texto sugeriam uma convergência mais alongada, em dez anos.

Ele afirma que os subsídios a empresas que tomam empréstimos no BNDES somaram R$ 240 bilhões nos últimos dez anos e fez críticas ao fato de esses incentivos não passarem por aprovação do Congresso, pois não são explicitados no Orçamento.

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"A aprovação desta medida provisória trará a clássica combinação de imposição de custos concentrados e a concessão de benefícios difusos. Nestas condições, os setores que inicialmente teriam mais a perder tendem a reagir com loquaz veemência", afirma em seu relatório.

"A medida provisória oferece ao país uma oportunidade de se livrar de distorções que penalizam a maioria para beneficiar a minoria, já que, nos últimos dez anos, 70% dos empréstimos subsidiados pelo BNDES contemplaram as empresas da região mais rica do país, Sul e Sudeste, enquanto o Nordeste ficou com 13%, o Centro-Oeste com 10% e o Norte, meros 7%".

Gomes se reuniu com o ministro Dyogo Oliveira (Planejamento) no início da noite desta segunda (31), onde finalizou os últimos detalhes do relatório. A previsão é que a leitura seja feita nesta terça (1º), mas a confirmação da data pendia de decisão do presidente da comissão, o senador Lindberg Faria (PT-RJ), que já se manifestou contrário à mudança.

Nesta terça (1º), pela manhã, a equipe econômica se reúne com o relator e com os articuladores governistas no Congresso, o senador Romero Jucá (PMDB-RR) e André Moura (PSC-CE).

A medida provisória tem validade até 6 de setembro e, para começar a valer, depende de votação na comissão mista que analisa o tema e nos plenários da Câmara e do Senado até a data.

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