SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Estudo divulgado nesta segunda (17) pelo Ministério do Planejamento mostra que brasileiros estão usando os recursos das contas inativas do FGTS para pagar dívidas.
Até sexta-feira (14), foram sacados R$ 41,8 bilhões, ou 96% do total disponível. Desses recursos, 36% foram para quitar contas atrasadas.
Os saques podem chegar a R$ 43,6 bilhões, já que o último grupo de beneficiários tem até o dia 31 para resgatar os recursos.
"Mas já estamos chegando aos 100%", diz o secretário da Seplan (Secretaria de Planejamento e Assuntos Econômicos), Marcos Ferrari.
O resultado surpreendeu o governo, já que a expectativa inicial era que apenas 70% dos saques fossem efetivados.
Para o ministério, a medida atingiu seu objetivo inicial, que era reduzir o endividamento das famílias.
"Os recursos das contas inativas desafogaram a renda das famílias e permitiram que elas retomassem o consumo. Aliada à atual redução das taxas de juros, a expectativa é que esses impactos se estendam também para os próximos meses", disse Ferrari.
Para embasar a tese de que houve redução no endividamento, o estudo compila dados de diversos órgãos e entidades. Entre eles, os das operações de crédito do SFN (Sistema Financeiro Nacional), divulgado pelo Banco Central.
De acordo com o estudo do BC, após o início dos saques do FGTS, houve redução de 4,5% no uso de cheque especial, em abril, e de 15,7% do cartão de crédito, entre março e abril.
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