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Meirelles defende novo juro do BNDES e diz que vai falar com chefe do banco

DIOGO BERCITO, ENVIADO ESPECIAL HAMBURGO, ALEMANHA (FOLHAPRESS) - Um dia após desavenças em torno da nova taxa de juros para os empréstimos do BNDES terem motivado os pedidos de demissão de dois diretores do banco, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelle

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 08.07.2017, 17:15:04 Editado em 08.07.2017, 17:15:04
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DIOGO BERCITO, ENVIADO ESPECIAL

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HAMBURGO, ALEMANHA (FOLHAPRESS) - Um dia após desavenças em torno da nova taxa de juros para os empréstimos do BNDES terem motivado os pedidos de demissão de dois diretores do banco, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, defendeu neste sábado (8) a criação da TLP (Taxa de Longo Prazo).

"Não há dúvida de que nós achamos que a mudança da TJLP [Taxa de Juros de Longo Prazo], criando a TLP, é positiva", Meirelles disse a repórteres em Hamburgo.

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O ministro veio à Alemanha acompanhando o presidente Michel Temer na cúpula do G20.

"O projeto já está em discussão e continua com o apoio da equipe econômica", afirmou Meirelles.

A nova política, definida por medida provisória editada pelo governo antes da chegada de Rabello, prevê a implantação da Taxa de Longo Prazo (TLP), que ao final de um período de transição, será corrigida de acordo com os juros dos títulos do Tesouro NTN-B. O objetivo do governo é reduzir o volume de crédito subsidiado na economia.

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Alinhados a Meirelles, os dois executivos que deixaram o BNDES discordavam do novo presidente do banco, Paulo Rabello de Castro.

"Eles discordam das opiniões dele", disse o ministro, que afirmou ter planos de falar com Rabello assim que retornar o Brasil. "Preciso inclusive conversar com ele para entender qual é a sua preocupação."

Em entrevista ao jornal "O Estado de S. Paulo" publicada na sexta-feira (7), Rabello de Castro disse que a TLP reduz a previsibilidade dos tomadores de financiamento do banco, que, "em um momento agudo [de alta de juros] podem não resistir". À Folha de S.Paulo o presidente do BNDES afirmou que "o desalinhamento da equipe econômica é zero", ao comentar a saída dos diretores do BNDES

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Meirelles também comentou em Hamburgo a recente denúncia feita pelo ex-ministro Antonio Palocci de que seu sucessor na Fazenda, Guido Mantega, montou uma central de venda de informações para o setor financeiro nos governos petistas.

"Leio nos jornais, como vocês", disse Meirelles. "Também estranhei. Não sei do que se trata exatamente. Temos que ver se aconteceu. Caso seja provado, não há dúvidas de que choca. Quem fizer isso deve ser punido."

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A defesa de Guido Mantega afirma que "causa estranheza" a informação de que Palocci pretende envolvê-lo em um suposto esquema com os bancos em sua delação premiada.

COOPERAÇÃO

Uma das prioridades de Meirelles durante a cúpula do G20 em Hamburgo era a gestão brasileira relacionada à OCDE (Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico).

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O país tem interesse em fazer parte da entidade, mas há uma resistência americana -não exatamente em relação à entrada brasileira, mas ao inchaço do grupo.

"O Brasil é um país de economia de grande porte. Tem todas as condições para entrar na OCDE", disse. "Já estamos efetuando as mudanças fundamentais na economia brasileira. Todas as mudanças estão em linha com os preceitos da OCDE."

Em Hamburgo, Meirelles defendeu em diversas ocasiões as reformas econômicas propostas pelo governo Temer. "São do interesse do país", disse no sábado. "Mas existe muita gente contra. Nós temos que trabalhar."

Outra preocupação brasileira, confirmada por Meirelles, é a possibilidade de que os EUA imponham restrições à importação de aço chinês.

Um membro do governo familiar com as negociações afirmou na sexta-feira recear que o Brasil seja vítima de uma "bala perdida", com as restrições no mercado. O Brasil é hoje o segundo maior exportador de aço aos EUA.

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