NICOLA PAMPLONA E MARIANA CARNEIRO
RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) - O crescimento de 1% da economia brasileira observado no primeiro trimestre ocorreu sobre um nível de produção muito baixo, afirma Rebeca Palis, gerente de contas nacionais do IBGE. A economia brasileira roda no mesmo patamar observado no fim de 2010, ou seja, há sete anos.
"Deu uma recuperada, mas voltamos ao patamar do fim de 2010", diz.
O IBGE divulgou nesta quinta (1º) que o PIB (Produto Interno Bruto) teve o primeiro desempenho positivo desde o quarto trimestre de 2014, ou seja, após oito quedas seguidas.
O setor agropecuário e a indústria extrativa, petróleo e minério de ferro, puxaram a economia.
Num exercício feito por Rebeca, se o PIB brasileiro se restringisse à agropecuária e ao setor extrativo mineral, o crescimento seria de 1% no primeiro trimestre, ante o mesmo período do ano anterior. O resultado efetivo foi uma queda de 0,4%.
Palis comentou ainda os efeitos das mudanças nas pesquisas de comércio e serviços no resultado do PIB.
Segundo ela, as pesquisas setoriais -que foram revistas neste início de ano- são subsídio para o cálculo do PIB, mas não são apenas elas as que monitoram os dois setores.
"Tudo o que existe de pesquisa é insumo para as contas nacionais", disse.
A especialista do IBGE indica que, com a mudança metodológica, o instituto intensificou a observação de dados externos, como emprego e renda, para medir o desempenho da oferta e da demanda da economia.
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