NICOLA PAMPLONA
RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) - O BNDES abriu nesta terça (16) comissão interna para apurar as denúncias investigadas pela Operação Bullish, da Polícia Federal, que levou 37 pessoas para condução coercitiva na última sexta (12).
A operação apura aportes feitos pelo braço de participações do banco, o BNDESPar, na JBS, uma das empresas beneficiadas pela política de campeões nacionais dos governos Lula e Dilma.
Segundo o BNDES, a comissão vai "avaliar todos os fatos relacionados às operações realizadas pelo Sistema BNDES com a empresa JBS, tendo em vista o inquérito em andamento da Polícia Federal e o interesse da diretoria e dos empregados do banco na apuração dos fatos e atos relacionados a essas operações".
Nesta terça, a Associação dos Funcionários do BNDES divulgou nota de repúdio à atuação da PF, na qual criticam as conduções coercitivas.
"Independente de qualquer consideração acerca dos fatos investigados em si, os signatários repudiam as conduções coercitivas realizadas, desnecessárias de desproporcionais, em desrespeito aos direitos fundamentais dos conduzidos", diz o texto.
Desde sexta, eles estão em estado de greve e vêm realizando atos na sede do banco. Nesta quarta (17), se encontrarão com a diretoria, para definir se paralisam as atividades.
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