FILIPE OLIVEIRA
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O setor imobiliário diminuiu os lançamentos de apartamentos para reduzir seus estoques em 2016.
No ano, foram lançadas 59,3 mil unidades e vendidas 72,6 mil, segundo pesquisa da Cbic (Câmara Brasileira da Indústria da Construção) realizada pela consultoria Brain.
O estudo, que está em sua primeira edição e deve ser realizado a cada três meses, analisou o mercado em 60 cidades de 20 Estados brasileiros.
No final do ano passado, a oferta de apartamentos nos mercados analisados incluía 129,2 mil unidades, 13,2 mil a menos do que no início do ano.
A redução dos estoques e, portanto, da oferta de imóveis disponíveis, pode levar a uma elevação de preços neste ano, diz Fábio Tadeu Araújo, economista e sócio da consultoria Brain.
Segundo o índice FipeZap (parceria entre Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas e o portal de anúncios na internet Zap Imóveis) o aumento médio dos preços dos imóveis em 20 cidades pesquisadas foi de 0,57% em 2016 (sem descontar a inflação), a menor alta registrada desde 2008, quando o indicador foi criado.
Dos apartamentos que seguiram no estoque no final de 2016, 55% eram de unidades em construção (na metodologia adotada, no mercado há mais de seis meses e menos de 3 anos), 26,1% em imóveis prontos (no mercado ha mais de 36 meses) e 18,9% de lançamentos na planta (que começaram a ser vendidos nos últimos seis meses).
O quarto trimestre foi o que registrou o maior número de lançamentos em 2016: foram 20,4 mil unidades, o que representa 35,3% do total do ano.
O primeiro trimestre concentrou 19,5% dos lançamentos, enquanto o segundo e o terceiro 25% e 20,5%, respectivamente.
Apesar da concentração de lançamentos no final do ano, Araújo, da Brain, diz ser cedo para afirmar que a recuperação no mercado é consistente, e não uma elevação da confiança pontual.
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