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Discussão sobre 'dress code' paralisa votação de reforma trabalhista

MARIANA CARNEIRO E RANIER BRAGON BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - A votação da reforma trabalhista foi paralisada, por volta de 17h30, por uma acalorada discussão sobre o "dress code" dos deputados da Câmara dos Deputados. Tudo foi motivado pelo protesto do d

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 26.04.2017, 19:00:08 Editado em 26.04.2017, 19:00:11
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MARIANA CARNEIRO E RANIER BRAGON

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BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - A votação da reforma trabalhista foi paralisada, por volta de 17h30, por uma acalorada discussão sobre o "dress code" dos deputados da Câmara dos Deputados.

Tudo foi motivado pelo protesto do deputado Assis Melo (PC do B-RS), que, vestido de operário, com um macacão branco cobrindo do pescoço ao tornozelo, máscara de soldador e luvas, entrou no plenário e paralisou as discussões na Câmara.

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Contra a reforma trabalhista, o parlamentar pediu para discursar, mas a palavra foi negada pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia.

"Só vai falar no plenário quem estiver vestido de acordo com os costumes da casa", afirmou Maia.

Diante de críticas de deputados da oposição, que a essa altura voltaram a segurar placas em que a carteira de trabalho aparecia rasgada, Maia recorreu às normas da Casa. Leu ao microfone uma resolução, dando ênfase especial às palavras "passeio completo".

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Deputados da oposição bem que tentaram convencer do contrário. Jandira Feghali (PC do B-RJ) recorreu até às bombachas, da bancada gaúcha, para defender a fala do colega.

"Não só a farda militar, as bombachas e os chapéus de outros deputados não estão na resolução", disse ela, acrescentando que o deputado estava vestido "decentemente".

"Deputado Assis está de gravata, camisa, calça, sapato e cobre seu corpo como se fosse macacão".

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Cerca de 20 minutos depois, Melo, já de paletó, conseguiu discursar. Na tribuna, tentou tirar novamente o paletó, mas foi demovido por Maia.

"Vossa excelência pode falar à vontade, democraticamente, mas de paletó".

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De paletó e macacão por baixo, Melo mandou seu recado. Colocou a máscara de soldador, mas a retirou vendo que afetava o discurso.

Ele disse que fazia um ato simbólico, para lembrar a jornada duras dos operários.

"Dizem que não vai acabar com os direitos... O tempo de ir ao banheiro querem descontar também. Para tirar toda essa roupa aqui...", disse. "O tempo de almoço querem descontar também. Se isso não é retirar direitos não sei o que é".

Não faz muito tempo a mesma Câmara viveu uma batalha sobre a vestimenta adequada dos deputados.

Sugestão da deputada Cristiane Brasil (PTB-RJ) queria vetar decotes, minissaias e jeans desbotados. As críticas, que vieram de servidoras e parlamentares, sepultaram a ideia.

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