MAIS LIDAS
VER TODOS

Economia

ATUALIZADA - Desemprego bate novo recorde e já atinge mais de 13 milhões no Brasil

NICOLA PAMPLONA RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) - O desemprego entre dezembro e fevereiro bateu novo recorde e chegou a 13,2%, informou o IBGE na manhã desta sexta-feira (31). Pela primeira vez, o número de desempregados ultrapassou os 13 milhões: ao todo

Da Redação

·
Escrito por Da Redação
Publicado em 31.03.2017, 10:40:00 Editado em 31.03.2017, 10:40:11
Imagen google News
Siga o TNOnline no Google News
Associe sua marca ao jornalismo sério e de credibilidade, anuncie no TNOnline.
Continua após publicidade

NICOLA PAMPLONA

continua após publicidade

RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) - O desemprego entre dezembro e fevereiro bateu novo recorde e chegou a 13,2%, informou o IBGE na manhã desta sexta-feira (31).

Pela primeira vez, o número de desempregados ultrapassou os 13 milhões: ao todo, foram 13,5 milhões de pessoas procurando emprego no período.

continua após publicidade

O número representa uma alta de 1,4 milhão com relação ao período entre setembro e novembro, quando a taxa de desemprego foi de 11,9%.

Os dados constam da Pnad Contínua, a pesquisa oficial de emprego do instituto. O indicador abrange trimestres móveis.

Nesta divulgação, o indicador refere-se a janeiro deste ano e aos meses de dezembro e novembro do ano passado.

continua após publicidade

Em função dos trimestres móveis, o IBGE recomenda comparação de períodos em que não há sobreposição de meses. Neste caso, portanto, a comparação com o trimestre imediatamente anterior é feita com o período de setembro, outubro e novembro.

O desemprego aumentou também na comparação anual do indicador. No trimestre encerrado em fevereiro de 2016, a taxa de desemprego esteve em 10,2%.

Em um ano, o número de pessoas na fila do emprego aumentou 3,2 milhões.

continua após publicidade

O rendimento trabalhador ficou estável, tanto na comparação com trimestre anterior quanto com o mesmo trimestre de 2016, em R$ 2.068.

O coordenador da área de trabalho e rendimento do IBGE Cimar Azeredo disse que o aumento da taxa de desemprego é normal no primeiro trimestre, refletindo a dispensa de trabalhadores temporários contratados no fim do ano.

continua após publicidade

CENÁRIO DE CRISE

Mas ele ressaltou que outros dados mostram que o mercado vem sofrendo com o cenário econômico do país.

A taxa de desemprego praticamente dobrou desde o primeiro trimestre de 2014, antes da crise econômica, quando era de 7,7%. Desde então, 6,9 milhões de pessoas entraram na fila do emprego no país.

continua após publicidade

Na indústria, o número de empregados caiu de 13 milhões para 11,3 milhões entre o trimestre de fevereiro de 2014 e o deste ano. "É o grupamento mais formalizado e perde praticamente 1,7 milhão de pessoas desde a crise", disse Azeredo.

A construção civil, que se mantinha estável por causa de obras para grandes eventos, atingiu o menor patamar da série histórica, com 6,9 milhões de empregados, 1,1 milhão a menos do que no primeiro trimestre de 2014.

Mesmo para quem ficou no mercado de trabalho, as condições têm piorado: o número de trabalhadores com carteira assinada caiu 337 mil no trimestre e 1,1 milhão na comparação com o mesmo período do ano anterior.

continua após publicidade

"É uma queda forte e de lenta recuperação. Ao se destruir um posto de trabalho, a recuperação leva tempo", comentou o economista do IBGE.

Nos últimos meses, a situação começa a afetar também os trabalhadores por conta própria, que vinham segurando a taxa de desemprego no país. São 1,1 milhão de pessoas a menos no trimestre encerrado em fevereiro.

DESACELERAÇÃO DO ÍNDICE

Azeredo diz, porém, que os números começam a mostrar uma desaceleração. O crescimento da taxa de desemprego com relação ao ano anterior, de 30,6%, é inferior aos 40,3% verificados no mesmo período do ao anterior.

A taxa de crescimento na comparação com o trimestre anterior também caiu: de 13,8% no trimestre encerrado em fevereiro de 2016 para 11,7% neste trimestre.

"Estamos diante de um cenário desfavorável, com recordes de desocupação, mas as taxas estão subindo menos com relação ao ano passado", afirmou Azeredo. Ele evitou, porém, análises sobre a sustentabilidade deste movimento.

O rendimento trabalhador ficou estável em fevereiro, tanto na comparação com trimestre anterior quanto com o mesmo trimestre de 2016, em R$ 2.068.

Segundo Azeredo, a estabilidade tem relação com a menor taxa de inflação, que vem corroendo menos a renda do trabalhador. Mas também reflete demissões em cargos com menores rendimentos, como trabalhadores temporários contratados no fim do ano.

Gostou desta matéria? Compartilhe!

Icone FaceBook
Icone Whattsapp
Icone Linkedin
Icone Twitter

Mais matérias de Economia

    Deixe seu comentário sobre: "ATUALIZADA - Desemprego bate novo recorde e já atinge mais de 13 milhões no Brasil"

    O portal TNOnline.com.br não se responsabiliza pelos comentários, opiniões, depoimentos, mensagens ou qualquer outro tipo de conteúdo. Seu comentário passará por um filtro de moderação. O portal TNOnline.com.br não se obriga a publicar caso não esteja de acordo com a política de privacidade do site. Leia aqui o termo de uso e responsabilidade.
    Compartilhe! x

    Inscreva-se na nossa newsletter

    Notícia em primeira mão no início do dia, inscreva-se agora!