LAÍS ALEGRETTI
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - O governo vai reduzir para cerca de 0,5% a previsão de crescimento da economia brasileira em 2017. A nova projeção será divulgada na próxima semana, no relatório de avaliação e despesas do primeiro bimestre.
Apesar de a equipe do Ministério da Fazenda ainda não ter concluído os cálculos, interlocutores do governo já garantem que a projeção ficará próxima dos 0,48% esperados pelo mercado, de acordo com o último Boletim Focus, divulgado pelo Banco Central na segunda-feira (13).
A equipe econômica, que chegou a prever um crescimento de 1,6%, já falava em uma projeção de 1%.
O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, vem destacando que, no fim do ano, a economia já estará em ritmo mais acelerado. Segundo ele, a expectativa é que, na comparação do último trimestre de 2017 com o mesmo período de 2016, a taxa de crescimento fique em 2,4%.
Questionado nesta terça-feira (14) sobre se será necessário aumentar tributos, Meirelles disse que a equipe ainda está "finalizando os cálculos". "Existem muitos dados em processo de análise, como questão de venda de ativos estatais, uma série de coisas que estamos analisando, algumas privatizações, o que será pago de dividendos", disse.
Meirelles reforçou que o governo cumprirá a meta de resultado primário de 2017, de um déficit de R$ 139 bilhões. Para isso, ele não descarta um contingenciamento de despesas e um aumento de tributos.
"Se precisar, vamos aumentar [impostos]. O que há de compromisso não é se vai haver aumento de imposto ou não, contingenciamento ou não, nosso compromisso é cumprir a meta de resultado primário. É isso que dá segurança para a economia crescer", argumentou Meirelles.
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