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PIB do 4º tri, o 1º sob gestão definitiva de Temer, vem pior do que esperado

FERNANDA PERRIN, ENVIADA ESPECIAL, E LUCAS VETTORAZZO RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) - O PIB do quarto trimestre do ano passado veio pior do que as expectativas dos analistas. O indicador recuou 0,9%, enquanto analistas ouvidos pela agência Bloomberg esp

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 07.03.2017, 11:59:36 Editado em 07.03.2017, 12:00:04
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FERNANDA PERRIN, ENVIADA ESPECIAL, E LUCAS VETTORAZZO

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RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) - O PIB do quarto trimestre do ano passado veio pior do que as expectativas dos analistas. O indicador recuou 0,9%, enquanto analistas ouvidos pela agência Bloomberg esperavam retração de 0,5%. Em 2016, a economia brasileira teve queda de 3,6%.

O último trimestre do ano passado foi o primeiro em que o país esteve todos os meses sob o governo definitivo de Michel Temer. O presidente assumiu de forma definitiva no final de agosto. Em julho, o país ainda tinha um governo interino.

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Assim que houve a troca de governo, indicadores de confiança melhoraram, apontando para uma possibilidade de recuperação da economia que, contudo, não se confirmou.

Ainda que o PIB recue mais que o esperado, indicadores importantes, como o de investimento, caíram menos do que o verificado no trimestre anterior.

O investimento teve queda de 1,6% no período, contra 2,5% do terceiro trimestre. No último trimestre de 2015, período em que o país estava sob a administração de Dilma Rousseff, a queda do investimento foi de 4,7%. Todos os dados são em comparação com o trimestre imediatamente anterior.

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O investimento teve impacto principalmente do mau resultado da construção civil, afirmou Rebeca Pallis, técnica da coordenação de Contas Nacionais do IBGE.

"A construção tem peso de cerca de 50% do indicador de investimento e sofreu impacto da falta de projetos de infraestrutura", disse. "A parte de infraestrutura depende muito de recurso público".

Ainda que o IBGE tenha verificado baixo investimento em infraestrutura, o indicador de consumo do governo teve leve alta de 0,1%. No terceiro trimestre, a queda havia sido de 0,4%.

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Um dado que chamou a atenção pelo caráter negativo foi a exportação de bens e serviços, que recuou 1,8% em razão, principalmente da valorização do real no último trimestre do ano passado. De acordo com o IBGE, no quarto trimestre, o real registrou valorização de cerca de 14%.

O consumo das famílias, por anos o principal motor da economia brasileira, teve queda de 0,6%. O resultado representou piora em relação ao terceiro trimestre (0,3%).

Os serviços, principal setor da economia, tiveram queda de 0,8%, piora em relação ao trimestre imediatamente anterior (0,5%). Os dois indicadores sofrem impacto da piora do mercado de trabalho, com aumento do desemprego e a queda da renda do trabalhador.

A agropecuária foi beneficiada no último trimestre com a normalização das safras, que sofreram ao longo do ano com as questões climáticas. A agropecuária teve alta de 1% no quarto trimestre, contra queda de 2,1% nos três meses imediatamente anteriores.

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