LAÍS ALEGRETTI
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - A comissão que discute a reforma da Previdência se reuniu nesta terça-feira (14) para discutir o calendário de trabalho, mas o encontro terminou sem uma definição sobre a data de apresentação do relatório do deputado Arthur Oliveira Maia (PPS-BA).
No início da reunião, Maia afirmou que, depois de nove audiências públicas, pretendia apresentar seu parecer em 16 de março. Após a oposição reclamar do pouco tempo destinado à discussão do texto, Maia passou a dizer que o roteiro é flexível.
"Desde o primeiro momento, o parecer não é um roteiro inflexível. Para mim, está valendo a data [16/3], mas podemos acrescentar mais uma ou duas sessões", disse.
O presidente do colegiado, Carlos Marun (PMDB-MS), fala em aprovação do relatório "no mais tardar" no início de abril. Para ele, a data de 16 de março não foi cravada para que mais interessados no tema possam ser ouvidos pela comissão.
"Mantivemos objetivos de não atropelar e sermos céleres, ouvindo todas as opiniões. Queremos ser democráticos", disse.
"Até membros dá própria base solicitam que mais pessoas, mais segmentos sejam ouvidos. O relator concordou com isso", completou.
RESISTÊNCIA FORTE
O deputado Alessandro Molon (Rede-RJ) comemorou a indefinição no calendário. "Tiramos todas as datas do cronograma de trabalho. O governo sentiu que a resistência é forte, percebeu que não conseguiria aprovar como está. É uma vitória política muito importante. Significa que não há acordo sobre a pressa de terminar em um mês. Não dá para fazer a reforma dessa de afogadilho", disse.
O secretário de Previdência, Marcelo Caetano, participará de audiência pública na comissão em reunião marcada para esta terça-feira (14).
Deixe seu comentário sobre: "Reunião da comissão da Previdência tem indefinição sobre data de relatório"