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Inflação de 2016 fica abaixo do teto da meta pela primeira vez em 2 anos

LUCAS VETTORAZZO RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) - O ano de 2016 encerrou com inflação em 6,29%, divulgou o IBGE nesta quarta (11). Em dezembro, o IPCA, índice oficial de preços ao consumidor, avançou 0,30%. O centro de expectativas de economistas consul

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 11.01.2017, 09:17:31 Editado em 11.01.2017, 09:20:09
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LUCAS VETTORAZZO

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RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) - O ano de 2016 encerrou com inflação em 6,29%, divulgou o IBGE nesta quarta (11). Em dezembro, o IPCA, índice oficial de preços ao consumidor, avançou 0,30%.

O centro de expectativas de economistas consultados pela agência internacional Bloomberg calculava o IPCA em 0,34% em dezembro e apontava avanço de 6,34% no ano.

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Foi a primeira vez desde 2014 que o índice oficial de inflação ficou abaixo do teto da meta do governo, de 6,5%.

A redução do consumo de bens e serviços no país em decorrência da recessão econômica fez ceder a inflação, que teve seu auge em 2015, ao atingir 10,67%, maior percentual de uma década.

Na ocasião, o país vivia o reflexo do movimento chamado tarifaço, resultante do represamento de preços, como o da energia, de maneira artificial pelo governo no ano anterior. O resultado foi aumento de preços generalizado, tanto na cadeia produtiva quanto no setor de serviços.

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Em 2016, com o avanço do desemprego, os brasileiros reduziram o ritmo de consumo, o que diminuiu, por consequência, a pressão sobre os preços.

Em janeiro, a inflação começou alta, em 1,27%, mas cedeu nos três meses seguintes, até ter uma leve alta em maio. O motivo era que, embora já não houvesse mais a pressão da tarifa de energia, a grande vilã da inflação do ano anterior, os alimentos subiam por problemas nas safras pelo país.

Chuvas em abundância no Sul e secas no Nordeste fizeram disparar preços de alimentos importantes na cesta de compras do brasileiro. O cenário impediu que a inflação cedesse de forma mais contundente ao longo do ano.

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Em setembro, o índice de inflação ficou em 0,08%, menor taxa para o mês em 18 anos. A desaceleração da inflação abriu espaço para o corte na taxa básica de juros, a Selic.

No mês seguinte, em outubro, o Banco Central cortou a Selic pela primeira vez em quatro anos, para 14%. Em novembro, o BC fez o segundo corte e levou a taxa para 13,75%.

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A próxima reunião do Copom (Conselho de Política Monetária) do BC ocorre nesta quarta-feira.

O governo enxerga na redução da taxa de juros uma oportunidade de reativar a economia. Juros baixos incentivam o consumo, mas o movimento pode levar a pressão de preços e inflação.

O mercado prevê, contudo, queda contínua da inflação neste ano, principalmente em razão da paralisação da economia.

A previsão é que o IPCA encerre 2017 em 4,81%, segundo Boletim Focus do Banco Central, divulgado na última segunda-feira (9). A partir deste ano, o intervalo de tolerância para a inflação cai para 1,5 ponto percentual. Ou seja, o teto recuará para 6% ao ano.

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