SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O presidente da América Móvil no Brasil, José Felix, reiterou em evento do setor nesta quarta-feira (19), em São Paulo, que o grupo tem interesse em adquirir ativos da Oi, maior concessionária do país e atualmente em recuperação judicial.
Felix disse que a empresa está interessada "por obrigação", mas fez ressalvas em relação a preços e ao tamanho de um eventual investimento, caso a Oi venha a realizar ofertas de venda no futuro.
"[Nossa postura é diferente] daquilo que alguns fundos estão falando no mercado, de que querem comprar a Oi: 'Eu quero aportar R$ 3 bilhões, R$ 10 bilhões, R$ 20 bilhões, e me tornar sócio-controlador e recuperar a Oi'."
Do grupo América Móvil também fazem parte a Claro, a NET e a Embratel.
Segundo o executivo, o interesse de seu grupo são apenas "certos ativos da Oi". Ele usou São Paulo como exemplo de uma região onde pode haver ativos cobiçados.
Questionado por jornalistas se seriam fibras da Oi em São Paulo, ele respondeu que não tem ideia. "Mas, que eu saiba, existe uma oferta de fibras em São Paulo, uma ideia de eventualmente vender alguma coisa relacionada a móvel. Não sei se é São Paulo, se são as outras áreas, se são datacenters", disse.
Felix ressaltou que não está "desesperado" pela Oi.
"Ativo é sempre uma oportunidade. Se alguém quer vender, as pessoas se interessam. Mas elas não estão desesperadas atrás do ativo. Se, eventualmente, houver uma convergência em termos de avaliação versus possibilidade, inclusive de ter dinheiro no momento para comprar, por que não? Agora, se subir o preço, sei lá, disparar, a gente esta fora."
Durante o mesmo evento, em entrevista coletiva nesta terça-feira (18), o presidente da Vivo, Amos Genish, por sua vez, afastou a possibilidade de que a companhia adquira ativos na Oi.
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