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ANP investiga petroleiras por suspeita de subfaturamento de notas

NICOLA PAMPLONA RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) - A ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) está investigando petroleiras que operam no país por suspeita de subfaturamento em notas de venda de petróleo para pagar menos royalties

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 10.10.2016, 14:06:06 Editado em 10.10.2016, 14:10:14
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NICOLA PAMPLONA

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RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) - A ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) está investigando petroleiras que operam no país por suspeita de subfaturamento em notas de venda de petróleo para pagar menos royalties sobre a produção.

De acordo com o diretor da ANP Waldyr Barroso, a agência já abriu dois processos administrativos para auditar as contas de um contrato de concessão e deve estender o trabalho a outros projetos.

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O cálculo dos royalties considera, além da produção de cada campo, o maior valor entre o preço de venda da petróleo ou um preço de referência estabelecido pela própria ANP para cada projeto.

Barroso disse que, até 2013, os preços de venda eram maiores do que o valor calculado pela ANP. A partir de então, passaram a se equilibrar.

Segundo o diretor da ANP, a agência detectou um "comportamento atípico" dos preços informados pelas petroleiras.

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Ele evitou maiores detalhes sobre os processos, alegando que ainda é preciso garantir "ampla defesa e contraditório".

A agência não quis também informar quais são as petroleiras investigadas até agora.

NOTAS FISCAIS

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Para melhorar a fiscalização, a ANP está propondo uma regra que obriga as petroleiras a apresentarem notas fiscais da venda do produto para terceiros.

Normalmente, as notas apresentadas referem-se à transferência do petróleo para uma companhia do mesmo grupo no exterior.

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A proposta enfrenta grande resistência das petroleiras, que alegam confidencialidade e questionam a capacidade da ANP para atuar em operações feitas fora do Brasil.

"Não é lícito a agência querer entrar em operações reguladas em outros países", argumenta o diretor do IBP (Instituto Brasileiro do Petróleo), Antônio Guimarães.

Em agosto, 46 dos 309 campos produtores do país pagaram royalties pelo preço de venda.

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Como são campos de maior porte, eles representaram 64,2% da produção nacional de petróleo, informou a ANP.

AUDIÊNCIA PÚBLICA

Nesta segunda (10), a agência promoveu audiência pública para discutir portaria que revê o preço de referência para calcular os royalties.

O processo foi iniciado em 2015, mas suspenso no início de 2016 por determinação do governo, por meio do CNPE (Conselho Nacional de Política Energética).

Em maio, a pedido do governo do Rio, o STF derrubou via liminar a resolução do CNPE, restabelecendo a revisão, que geraria aumento de arrecadação de R$ 2,2 bilhões, segundo cálculo do IBP.

Após ouvir as partes interessadas, a agência vai elaborar uma minuta de portaria para nova avaliação do governo.

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