TÁSSIA KASTNER
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Os bancários da Caixa em São Paulo decidiram encerrar a greve nesta sexta-feira (7), após nova assembleia que originalmente tinha o objetivo de apenas reorganizar o protesto dos trabalhadores que chegou a 32 dias.
Na noite de quinta, quando a maior parte da categoria aprovou a proposta dos bancos e decidiu voltar ao trabalho, eles haviam decidido continuar com o movimento. Menos de 100 votos haviam definido a manutenção da greve, disse Juvandia Moreira, presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, na quinta, após a decisão de manutenção da paralisação. Os trabalhadores da Caixa representam 6% dos empregados do setor em São Paulo.
A proposta agora aprovada garante aumento de 8% neste ano mais o pagamento de um abono de R$ 3.500. O percentual de reajuste é inferior à inflação do período (de 9,62%). O acordo fechado com a Fenaban (entidade que representa dos bancos) prevê que, no ano que vem, os trabalhadores deverão receber aumento de 1% acima da inflação.
O pedido dos trabalhadores era de aumento real de 5% neste ano, além da equiparação de benefícios adicionais (como vale-refeição e vale-alimentação, por exemplo) a um salário-mínimo cada.
REPERCUSSÃO
No auge da greve, mais de 13 mil agências foram fechadas, o equivalente a 57% dos pontos de atendimento, segundo acompanhamento da Contraf (confederação que representa os trabalhadores do setor financeiro).
No entanto, a maior parte dos serviços bancários já é realizada pelos canais eletrônicos de atendimento, o que diminui o impacto da greve sobre a população.
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