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Governo do Rio anuncia calote a fornecedores

RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) - Um dia após não ter cumprindo decisão do STF e ter pago apenas parte do salário do funcionalismo estadual e não sua totalidade, o governo do Estado do Rio anunciou que dará calote nos fornecedores de equipamentos e serviç

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 06.10.2016, 15:04:13 Editado em 06.10.2016, 17:34:01
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RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) - Um dia após não ter cumprindo decisão do STF e ter pago apenas parte do salário do funcionalismo estadual e não sua totalidade, o governo do Estado do Rio anunciou que dará calote nos fornecedores de equipamentos e serviços para o Executivo.

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O calote foi oficializado em decreto publicado no Diário Oficial do Estado, nesta quinta-feira (6). Em decreto assinado pelo governador em exercício Francisco Dornelles (PP), o Estado afirma que suspendeu por 30 dias o emprenho de recursos para o pagamento de despesas de diversas áreas da administração pública.

O governo disse que pagará apenas fornecedores das áreas de saúde, educação, segurança, administração penitenciária e órgãos do judiciário. Somente despesas que já estão com ordem de pagamento emitidas serão honradas.

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Novos empréstimos estão suspensos, assim como a contratação de funcionários de cargo comissionado.

O objetivo é sanear, ainda que momentaneamente, as finanças dos Estado, que tem previsão de deficit de R$ 13 bilhões para este ano.

O Estado está descumprindo a Lei de Responsabilidade Fiscal, já que a relação entre suas dívidas e sua receita está em 201,48%, quando a lei determina que o indicador não ultrapasse 200%.

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O decreto publicado nesta quinta reduz despesas de secretarias. O Estado tem 20 secretariais e entre as que não figuram na ordem de prioridade estão Planejamento, Obras, Transporte, Ciência e Tecnologia, Ambiente e Cultura.

INÉDITO É a primeira vez que o governo anuncia oficialmente o calote de seus fornecedores. Desde o fim do ano passado, o Estado do Rio atrasa pagamento de prestadores de serviços e equipamentos, além do salário do funcionalismo, aposentados e pensionistas.

O Estado já teve dificuldade para abastecer viaturas policiais, teve que deixar no chão parte de sua frota de helicópteros, atrasou pagamento das empresas que fazem a coleta de lixo de órgãos estaduais, entre outros problemas, como falta de material e pessoal em hospitais públicos. As UPAs (Unidades de Pronto Atendimento) tiveram dificuldade para funcionar e houve casos de unidades que tiveram que fechar as portas.

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Em junho passado, o governo decretou estado de calamidade pública em função da frágil situação de suas finanças.

Nesta quarta-feira, descumprindo decisão liminar do Supremo Tribunal Federal, o governo não pagou a totalidade dos vencimentos de seus funcionários no terceiro dia útil do mês.

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Segundo comunicado da secretaria de Fazenda do Rio, os profissionais da ativos da educação receberam devido ao repasse de recursos do Fundeb, que é federal.

Já os profissionais ativos da segurança, como policiais e bombeiros, tiveram apenas 70% dos seus vencimentos pagos. Os 30% restantes serão pagos no próximo dia 13.

Somente no próximo dia 17 de outubro que funcionários da saúde, por exemplo, e de outras áreas receberão seus vencimentos. Na ocasião também devem receber os aposentados e pensionistas.

De acordo com a Secretaria de Planejamento, há 244.935 servidores ativos no Rio. Aposentados somam 154.865 e pensionistas, 92.112.

O decreto publicado nesta quinta informa ainda que o governo irá devolver funcionários cedidos do governo federal, prefeitura e de estatais, cedidos ao executivo estadual.

Nessas situações, o funcionário cedido tem seus salários -o de seu local de origem e também o referente à função atual- pagos pelo governo do Estado.

O governo determinou ainda que as secretarias de Fazenda e de Planejamento façam um estudo para definir novo cronograma de pagamentos de fornecedores e servidores em 60 dias.

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