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Nova lei do pré-sal vai destravar investimentos, dizem petroleiras

NICOLA PAMPLONA RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) - A flexibilização das regras do pré-sal, aprovada na noite desta quarta (5) na Câmara dos Deputados, deve destravar investimentos no setor de petróleo do país, defendem analistas e petroleiras. O mercado e

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Escrito por Da Redação
Publicado em 06.10.2016, 11:38:23 Editado em 06.10.2016, 17:33:58
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NICOLA PAMPLONA

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RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) - A flexibilização das regras do pré-sal, aprovada na noite desta quarta (5) na Câmara dos Deputados, deve destravar investimentos no setor de petróleo do país, defendem analistas e petroleiras.

O mercado espera que os primeiros leilões sejam realizados em 2017, com a inclusão de jazidas já descobertas, mas que hoje não podem ser desenvolvidas por estarem em área da União.

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"O fim da obrigação sobre a Petrobras de ser operadora única vai destravar investimentos, criar empregos e ajudar a tornar o Brasil mais competitivo no cenário internacional", disse o presidente do Instituto Brasileiro do Petróleo Gás Natural e Biocombustíveis (IBP), Jorge Camargo.

Uma das principais vozes em defesa da mudança, o IBP estima que a mudança na lei libere US$ 120 bilhões (R$ 387,8 bi) em investimentos nas chamadas áreas unitizáveis -pedaços de reservas de petróleo que se estendem para além de concessões feitas no passado, quando o pré-sal ainda não havia sido descoberto.

Para o leilão de 2017, o governo estuda incluir quatro dessas áreas, que seriam extensões das descobertas de Sapinhoá e Tartaruga Mestiça (da Petrobras), Carcará (da Statoil) e Gato do Mato (da Shell).

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O vencedor de cada lote ganha o direito à parcela das reservas que está em área da União. No caso de Tartaruga, por exemplo, 30,65% da descoberta está fora da concessão da Petrobras e pertence ao governo.

Essa parcela será licitada e o vencedor terá que discutir com a estatal a divisão dos investimentos e da receita. O IBP estima que essas áreas demande um investimento mínimo de US$ 50 bilhões (R$ 161,6 bi).

"A medida é positiva para a Petrobras e para o Brasil", escreveram, em relatório divulgado na manhã desta quinta (6), os analistas Luiz Carvalho e Julia Ozenda, do UBS.

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Para a Petrobras, dizem, a medida reduz a necessidade de investimentos e abre espaço para novas vendas de ativos no pré-sal. Para o país, elimina um obstáculo à realização de novos leilões do pré-sal -com a Petrobras em crise financeira, o governo não poderia oferecer novas áreas caso a obrigatoriedade fosse mantida.

Desde 2015, porém, a própria Petrobras passou a se manifestar contra a obrigatoriedade, alegando não ter recursos para investir em todos os projetos.

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Segundo estimativa da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan), o desenvolvimento do pré-sal demanda investimentos na casa de US$ 420 bilhões (R$ 1,35 trilhão) até 2030.

ATAQUE

Contrários à medida, os sindicatos de petroleiros classificaram a aprovação da lei como "o maior ataque à soberania nacional desde a quebra do monopólio" estatal no setor de petróleo, em 1997.

"O crime de lesa-pátria cometido nesta quarta-feira (5) é também o primeiro passo para acabar com o regime de partilha", escreveu a Federação Única dos Petroleiros (FUP).

A partilha foi criada em 2010 sob o argumento de que o país poderia se beneficiar mais com esse modelo, que dá ao governo parte do óleo produzido no pré-sal.

A FUP diz ainda que a quebra da exclusividade da Petrobras traz prejuízos à indústria nacional fabricante de bens e serviços para o setor de petróleo.

"Desde a quebra do monopólio da Petrobras, nenhuma das petrolíferas privadas que passaram a operar no Brasil encomendaram navios, plataformas ou equipamentos à indústria nacional ao longo destas duas décadas de abertura do setor".

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