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ATUALIZADA - Eleições impulsionam mercado; Bolsa sobe 1,87% e dólar cai 1,41%

EULINA OLIVEIRA SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Os investidores gostaram do resultado das eleições municipais deste domingo (2), que evidenciou o enfraquecimento do PT e fortalecimento dos partidos da base aliada do presidente Michel Temer (PMDB). O real te

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 03.10.2016, 18:50:39 Editado em 03.10.2016, 18:55:08
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EULINA OLIVEIRA

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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Os investidores gostaram do resultado das eleições municipais deste domingo (2), que evidenciou o enfraquecimento do PT e fortalecimento dos partidos da base aliada do presidente Michel Temer (PMDB).

O real teve a maior valorização frente ao dólar entre as principais moedas nesta segunda-feira (3), para o patamar de R$ 3,20. O Ibovespa subiu 1,87%, descolando-se da Bolsa de Nova York, que operou em baixa durante toda a sessão. Os juros futuros, principalmente os de longo prazo, e o CDS (credit default swap) brasileiro, outro indicador de percepção de risco, tiveram forte queda.

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Segundo analistas, o cenário político foi o principal fator que impulsionou o mercado doméstico neste pregão. "O resultado das urnas fortalece a base aliada do governo Temer e facilita a aprovação das medidas do ajuste fiscal no Congresso", avalia Ricardo Gomes da Silva, superintendente de câmbio da Correparti Corretora. "Se as eleições tivessem sido favoráveis ao PT, o mercado estaria de cabeça para baixo. O resultado tirou um peso sobre o dólar", acrescenta.

Apesar de ter perdido a eleições em cidades importantes, como o Rio de Janeiro, o PMDB, partido de Temer, se mantém com o maior números de prefeitos em todo país.

O PSDB, além de ter vencido em São Paulo logo no primeiro turno, permanece como segunda maior força no cenário nacional. O partido tem exigido do governo Temer compromisso com ajuste fiscal e as reformas trabalhista e da Previdência.

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Já o PT, partido dos ex-presidentes Dilma Rousseff e Luiz Inácio Lula da Silva, perdeu mais da metade das prefeituras que obtivera nas eleições de 2012, caindo do 3º para 10º lugar no ranking.

"O resultado eleitoral foi favorável a Temer e abre caminho para a aprovação da PEC 241, que limita o avanço dos gastos públicos pelo IPCA do ano anterior", comenta José Faria Júnior, diretor-técnico da Wagner Investimentos, em relatório.

"Estas eleições municipais dão uma ideia de como será o jogo na eleição presidencial de 2018, com o PSDB ganhando força, em detrimento do PT", comenta Ignacio Crespo, economista da Guide Investimentos.

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Para André Perfeito, economista-chefe da Gradual Investimentos, com a inesperada vitória do tucano João Doria no primeiro turno, "a capital paulista passa uma mensagem forte a Brasília, de que as reformas econômicas têm sinal verde da principal capital do país".

Segundo Perfeito, o efeito econômico disso pôde ser visto no pregão desta segunda-feira, com com alta da Bolsa e queda do dólar. "Mas o mais importante é ver os juros longos caírem mais, sinalizando que o mercado 'leu' a vitória de Doria como um referendo às reformas", escreve.

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Também agradam aos investidores a disposição de Doria em privatizar o autódromo de Interlagos e todo o complexo do Anhembi.

BOLSA

O Ibovespa fechou com ganho de 1,87%, aos 59.461,23 pontos. O giro financeiro foi de R$ 6 bilhões.

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As ações da Petrobras avançaram 2,94%, a R$ 13,97 (PN), e 2,97%, a R$ 15,59 (ON). Os papéis da estatal foram beneficiados pela alta de mais de 3,5% do petróleo no mercado internacional, com o otimismo dos investidores em relação ao acordo da Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) para conter o excesso de oferta.

Os papéis PNA da mineradora Vale ganharam 2,53%, a R$ 15,79, e os ON tinham valorização de 1,62%, a R$ 18,10. As ações PN da Bradespar, acionista da mineradora, avançaram 5,53%, liderando as altas do índice.

No setor financeiro, Itaú Unibanco PN subiu 2,39%; Bradesco PN, +2,26%; Bradesco ON, +1,97%; Banco do Brasil ON, +2,36%; Santander unit, +0,50%; e BM&FBovespa ON, +3,50%.

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CÂMBIO E JUROS

O dólar comercial encerrou a sessão em queda de 1,41%, a R$ 3,2060. A moeda americana à vista, que encerra o pregão mais cedo, perdeu 0,59%, a R$ 3,2257.

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A moeda americana teve comportamento misto frente a outras moedas nesta sessão, mas a maior desvalorização foi frente ao real.

DÓLAR

Pela manhã, o Banco Central leiloou 5 mil contratos de swap cambial reverso, equivalentes à compra futura de dólares, no montante de US$ 250 milhões.

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No mercado de juros futuros, o contrato de DI para janeiro de 2017 recuou de 13,770% para 13,720%. O contrato de DI para janeiro de 2018 caiu de 12,190% pra 12,090%, no patamar mais baixo desde janeiro de 2015. O contrato de DI para janeiro de 2021 recuou de 11,580% para 11,380%, no menor nível em quase dois anos.

O mercado aposta em uma redução da taxa básica de juros (Selic), atualmente em 14,25% ao ano, na próxima reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) do BC, em 19 de outubro.

O CDS de cinco anos brasileiro, espécie de seguro contra calote e indicador de percepção de risco, perdia 1,92%, aos 267,762 pontos.

EXTERIOR

Em Nova York, após as fortes altas na sexta-feira (30), o índice S&P 500 terminou em queda de 0,33%; o Dow Jones, -0,30%; e o Nasdaq, -0,21%.

Os índices foram pressionados pelo indicador ISM de manufatura de setembro, que avançou para 51,5 em setembro, acima da mediana das estimativas de analistas (50,4) e ante 49,4 em agosto. O dado elevou as apostas de uma alta dos juros americanos ainda neste ano, o que impulsionou o dólar frente a várias moedas nesta sessão.

Nesta sexta-feira (7), saem os números sobre a criação de empregos nos EUA em setembro, que podem ampliar a probabilidade de aumento dos juros americanos no curto prazo, caso venham fortes.

Na Europa, a Bolsa de Londres terminou com ganho de 1,22%; Paris, +0,12%; Madri, -0,32%; e Milão, -0,77%. A Bolsa de Frankfurt está fechada por causa de um feriado.

Na Ásia, as Bolsas chinesas não operam nesta semana também causa de um feriado. O índice NIkkei da Bolsa de Tóquio ganhou 0,90%.

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