BRUNO ROMANI, ENVIADO ESPECIAL*
BARCELONA, ESPANHA (FOLHAPRESS) - O novo topo de linha da LG, o G5, roubou a cena no Mobile World Congress, um dos principais eventos de telefonia celular do mundo, que acontece até esta quinta (25) em Barcelona. Em um ano com poucos lançamentos, o aparelho apresentou uma ideia pouco explorada, a de celulares modulares.
É a primeira vez que o conceito de módulos, peças destacáveis e substituíveis no aparelho, será comercialmente explorado por uma marca conhecida. Antes da LG, o Google flertou com módulos, no quase abandonado Projeto Ara. A ideia pipocou também em alguns projetos no Kickstarter sem atingir sucesso em grande escala.
Os módulos do G5 estão todos relacionados à borda inferior, que é destacada e permite substituição da bateria. É só apertar um botão na lateral esquerda que o módulo se solta. Depois é só puxar a bateria. É tudo um pouco mais duro do que se pode imaginar, mas a sensação é passageira.
Quando você lembra que trocar a bateria do iPhone em São Paulo exige seu envio para assistência técnica oficial, R$ 399 e 10 dias úteis valoriza ainda mais o módulo da LG.
Não é só isso. A LG apresentou módulos que turbinam os recursos do telefone -a ideia é vender as peças separadamente, o que aumenta o potencial de lucros. Dois módulos foram apresentados no MWC.
Um deles é o LG Hi-Fi Plus é um DAC de 32 bits, equipamento que converte som digital em analógico. Viciados em som de alta qualidade dizem que isso melhora bastante a qualidade de áudio.
O outro módulo, o LG Cam Plus, é para quem curte fotografia. Ele acrescenta botões físicos (botão foto, botão vídeo e zoom) e aumenta a espessura de parte do telefone, para garantir melhor pegada. É extremamente útil para manipular o telefone com apenas uma mão. E também aumenta a agilidade para captar vídeos. O Cam Plus também aumenta o tamanho da bateria.
As câmeras traseiras (isso mesmo, são duas complementares por conta do recurso de zoom digital) são de 16 Mpixels e 8 Mpixels.
Além de flertar com um novo conceito, a LG emprestou de concorrentes ideias de sucesso. Do Moto X, pegou o Active Display -funcionalidade exibe informações na tela sem exigir que o dono precise desbloqueá-la. Ao contrário do rival, que tenta identificar quando você olha para a tela, o G5 fica o tempo todo com o painel ligado. Pode ser útil, mas é preciso ver qual é o impacto na bateria.
Da Apple, levou o design, principalmente a utilização de metal no corpo do aparelho. Aqui, a LG precisa trabalhar mais. O alumínio passa a sensação de plástico -a Samsung enfrentou dificuldade parecida quando adotou o metal.
Outro elemento parecido com o do iPhone é a skin do Android, principalmente nos ícones, chapados, quadrados e ultracoloridos. O menu de configurações, mais complexo por conta dos módulos, tem até abas horizontais, como se fosse um navegador de internet. Puristas do Android podem não gostar.
No resto, nada a reclamar: são 4 Gbytes de memória, suporte a cartão microSD de até 2 Tbytes (além dos 32 Gbytes embarcados), leitor digital, NFC, USB-C e uma excelente tela de 5,3 polegadas com resolução de 2.560 x 1.440 pixels. O processador é o Snapdragon 820, novo topo de linha da Qualcomm.
(*) O jornalista viajou a convite da Qualcomm
Escrito por Da Redação
Publicado em 24.02.2016, 17:49:12 Editado em 27.04.2020, 19:52:43
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