SOFIA FERNANDES
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - O ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, viaja neste sábado (20) para a China, onde defenderá, em encontro com ministros do G20, as reformas estruturais que o governo da presidente Dilma Rousseff quer encampar, como mudanças no sistema previdenciário e no regime fiscal.
Será a primeira reunião preparatória do G20 com a China na presidência do grupo, que reúne as maiores economias do mundo. O foco das reuniões deste ano será justamente a adoção de reformas estruturais para o crescimento econômico.
De acordo com integrantes da equipe de Barbosa, o ministro irá apresentar as medidas de ajuste e quer entender quais são as intenções da China. Ao final da reunião, que acontece de 26 a 27 de fevereiro, em Xangai, será emitido um documento, que guiará a cúpula de presidentes do grupo, em setembro.
Entre os assuntos que serão abordados na reunião de ministros de finanças do G20 estão o financiamento de projetos com baixa emissão de carbono e financiamento de projetos contra ações terroristas.
TRANSIÇÃO
O governo brasileiro vê como positiva a transição do modelo econômico chinês de um modelo predominantemente exportador para um mercado interno mais fortalecido. É melhor estarem crescendo menos, mas de forma sustentável, sem grandes sobressaltos, defende um integrante da equipe econômica.
O governo brasileiro não deve se posicionar, durante a cúpula, sobre a política monetária chinesa, de desvalorização forçada do yuan, o que favorece as exportações chinesas, gerando crítica de outros mercados exportadores, como o Brasil.
A China é a segunda maior economia do mundo e o maior parceiro comercial brasileiro. Enfrenta, assim como o Brasil, dificuldades com o atual ciclo de desvalorização de commodities.
Antes de ir para Xangai, Barbosa terá uma agenda em Pequim, onde encontrará sua contraparte chinesa e investidores, e visitará o NBD (Novo Bando de Desenvolvimento), o banco dos Brics.
INFRAESTRUTURA
Já está definido que o primeiro empréstimo do NBD será liberado em abril, para cada país membro do bloco Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.
Os empréstimos devem ser voltados a projetos de infraestrutura que contemplem a sustentabilidade. No Brasil, o financiamento terá como operador o BNDES, que receberá o repasse do NBD e ficará responsável pela seleção de projetos a serem contemplados.
Em janeiro, o Brasil fez o primeiro aporte ao banco, de US$ 150 milhões. Em janeiro de 2017, deverá ser feito outro, de US$ 250 milhões.
Escrito por Da Redação
Publicado em 20.02.2016, 10:03:11 Editado em 27.04.2020, 19:52:49
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