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Dólar recua e Bolsa sobe, apesar de rebaixamento da nota do Brasil

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A alta dos preços do petróleo deu o tom dos negócios nos mercados globais, com uma possível adesão do Irã ao congelamento da produção em níveis de janeiro. Apesar de novo rebaixamento da nota do Brasil pela Standard & Poor's,

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 17.02.2016, 18:57:29 Editado em 27.04.2020, 19:52:53
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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A alta dos preços do petróleo deu o tom dos negócios nos mercados globais, com uma possível adesão do Irã ao congelamento da produção em níveis de janeiro. Apesar de novo rebaixamento da nota do Brasil pela Standard & Poor's, já na reta final do pregão, o Ibovespa fechou em alta e o dólar recuou, ficando abaixo de R$ 4. Os juros futuros caíram.
Em Londres, o petróleo Brent era negociado no fim da tarde desta quarta-feira (17) em alta de 7,33%, a US$ 34,54 o barril e, nos EUA, o WTI ganhava 5,54%, a US$ 30,65.
O avanço do petróleo animou os investidores a buscarem ativos de maior risco, especialmente aqueles ligados a commodities.
Segundo a agência de notícias oficial Shana, o Irã apoia a decisão de membros da Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) e de países de fora do grupo de manter um "teto" na produção. A afirmação foi atribuída ao ministro iraniano de Petróleo, Bijan Zanganeh, segundo a agência de notícias oficial Shana.
O ministro se pronunciou após se encontrar com os colegas de outros três países produtores -Iraque, Venezuela e Catar- para discutir a proposta de congelar a produção global nos níveis registrados em janeiro.
Contudo, as declarações divulgadas pela agência não deixaram claro se o próprio Irã pretende limitar sua produção aos níveis de janeiro.
DÓLAR E JUROS
No mercado de câmbio, após ter subido nesta terça-feira (16), o dólar à vista fechou em queda de 1,82%, a R$ 3,9804, enquanto o dólar comercial perdeu 1,89%, a R$ 3,9940.
O dólar chegou a reduzir a queda frente ao real após a decisão da Standard & Poor's de rebaixar a nota do Brasil para BB, de BB+, mas o impacto foi limitado porque o país já era classificado como grau especulativo pela agência de classificação de risco.
"Consideráveis" desafios políticos e econômicos levaram a S&P a rebaixar a nota de crédito do Brasil novamente, advertindo que pode piorar ainda mais a classificação do país.
"É um problema mais de médio prazo do que de curto prazo. Vai demorar mais para o Brasil recuperar o grau de investimento, porque é raro uma agência melhorar o rating duas vezes em um ano", disse o estrategista de renda fixa da corretora Coinvalores, Paulo Celso Nepomuceno.
Os juros futuros recuaram, com o contrato de DI para janeiro de 2017 em 14,240%, de 14,280% nesta terça-feira; e o contrato de DI para janeiro de 2021 negociado a 15,750%, de 16,020% na véspera.
O movimento no mercado de juros segue a sinalização do Banco Central de que a taxa básica de juros (Selic), atualmente em 14,25% ao ano, não deve sofrer novo aumento tão cedo.
BOLSAS
O petróleo também impulsionou as altas nos mercados de ações do Brasil, Estados Unidos e Europa, especialmente dos papéis ligados a commodities e ao setor de energia.
Em dia de vencimento dos contratos de opções sobre o Ibovespa e do índice futuro, e a apesar do novo rebaixamento da nota do Brasil, o principal índice da Bolsa paulista fechou em alta de 1,67%, a 41.630,82 pontos, com giro financeiro de R$ 19,225 bilhões. O volume expressivo foi engordado pelo vencimento de opções. Sem contar o vencimento, o giro foi de R$ 6,144 bilhões.
Antes do rebaixamento da nota do país, o Ibovespa chegou a subir 3,63%.
As ações da Petrobras ganharam 5,40%, a R$ 4,68 (preferenciais) e 7,79%, a R$ 6,78 (ordinárias).
As Bolsas europeias fecharam em alta: Londres (+2,71%); Paris (+2,99%), Frankfurt (+2,65%), Madri (+2,79%) e Milão (+2,48%).
Contribuíram para o bom humor a alta das ações do banco francês Crédit Agricole e da mineradora Glencore.
Em Nova York, na reta final do pregão, o Dow Jones subia 1,67%, o S&P 500, +1,73%, e o Nasdaq, +2,28%, após a divulgação da ata da última reunião do Fed (Federal Reserve, o banco central dos EUA).
O documento revelou que autoridades do banco central norte-americano discutiram alterar a trajetória planejada de altas de juros neste ano devido ao aperto das condições financeiras globais.
A ata sugere que a recente desaceleração do crescimento global e fortes quedas nos mercados de ações estão levando o Fed a considerar recuar dos sinais que enviou em dezembro, quando indicou que poderia aumentar os juros quatro vezes neste ano.
Na Ásia, as ações chinesas subiram novamente nesta quarta-feira para uma nova máxima de três semanas. A demanda por ações de infraestrutura ajudou o mercado a manter uma recuperação alimentada pelas esperanças de estímulos econômicos, ainda que alguns analistas alertem que esta alta pode se reverter logo.
As ações do setor subiram depois que o governo chinês anunciou planos de investir 400 bilhões de yuans (US$ 61,42 bilhões) em projetos de infraestrutura.
O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen, avançou 0,87%, enquanto o índice de Xangai teve alta de 1,1%.
No Japão, o índice Nikkei recuou 1,36%, mas ainda assim acumula alta de mais de 5% nesta semana.

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