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Dólar volta a ficar acima de R$ 4; Bolsa sobe mais de 2%

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O dólar subiu com força nesta terça-feira (16) e voltou a ser cotado acima de R$ 4 pela primeira vez desde 28 de janeiro. A moeda americana à vista fechou com alta de 1,54%, cotada a R$ 4,0542, enquanto o dólar comercial ganho

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 16.02.2016, 19:12:02 Editado em 27.04.2020, 19:52:55
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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O dólar subiu com força nesta terça-feira (16) e voltou a ser cotado acima de R$ 4 pela primeira vez desde 28 de janeiro. A moeda americana à vista fechou com alta de 1,54%, cotada a R$ 4,0542, enquanto o dólar comercial ganhou 1,85%, a R$ 4,0710. Já a Bolsa brasileira subiu mais de 2%.
Investidores temem que o governo se afaste do rigor fiscal que vem prometendo desde o ano passado diante da profunda recessão econômica e das turbulências políticas.
O analista Flávio Conde, do site "WhatsCall?", avalia que o risco Brasil vem piorando nas duas últimas semanas, aumentando as chances de novo rebaixamento pelas agências de rating. "A perspectiva de deficit primário este ano, aliada à dificuldade de se aprovar a CPMF e a reforma da Previdência, contribui para a alta do dólar", afirma.
Conde afirma ainda que a presidente do Fed (Federal Reserve, o banco central dos EUA), Janet Yellen, não sinalizou na semana passada, em depoimento no Congresso americano, se os juros iriam subir ou não naquele país, o que também fez o dólar voltar a subir frente ao real.
Outra notícia negativa no cenário doméstico é que as vendas do comércio varejista do país tiveram queda de 4,3% no ano passado, segundo dados divulgados nesta terça-feira (16) pelo IBGE. Para economistas, varejo vai piorar neste ano e deve cortar 200 mil vagas.
PETRÓLEO
Colaborou ainda para a alta do dólar a queda dos preços do petróleo no mercado internacional. "As moedas ligadas a commodities acompanham o petróleo, uma segue a outra", disse o operador da Correparti Jefferson Luiz Rugik.
Após duas sessões de alta, em Londres, o Brent recuava 3,41%, a US$ 32,25 o barril; nos Estados Unidos, o WTI perdia 1,19%, a US$ 29,09 o barril.
Rússia e Arábia Saudita concordaram nesta terça-feira em congelar a produção nos níveis de janeiro se outros grandes exportadores se juntarem a eles. O Irã, no entanto, não participou das conversas, e avisou que está determinado a aumentar sua produção, o que pressionou para baixo as cotações da commodity.
JUROS
No mercado de juros futuros, os contratos de DI para janeiro de 2017 encerrou em queda, ficando em 14,280%, ante 14,400% na segunda-feira. O DI para janeiro de 2021 acabou ficando estável em relação ao dia anterior, em 16,020%. Analistas dizem que os negócios refletem a indicação do Banco Central que não deve aumentar novamente a taxa básica de juros.
"Consolida-se o cenário de uma Selic (taxa básica de juros) estável à frente, ao menos enquanto as turbulências internacionais prevalecerem. Afinal, segundo economistas presentes na reunião com Altamir Lopes, do Banco Central, ontem (segunda-feira, 15) no Rio de Janeiro, a instituição vê o PIB fraco conter as pressões de inflação", destaca a equipe de análise da Guide Investimentos, em relatório.
BOLSAS
O Ibovespa encerrou a sessão em alta de 2,13%, aos 40.947,70 pontos -maior patamar desde 6 de janeiro- e volume financeiro de R$ 5,244 bilhões. O índice foi puxado pelas ações de bancos, Vale e siderúrgicas. Segundo Luis Gustavo Pereira, estrategista da Guide Investimentos, a alta é um movimento técnico, com a cobertura de posições vendidas, beneficiada pelo fluxo estrangeiro favorável. Além disso, nesta quarta-feira (17) haverá vencimento de opções sobre Ibovespa.
O aumento dos preços do minério de ferro no maior patamar em três meses na China impulsiona os papéis da Vale, que ganhou 6,03% (a R$ 8,26) nos preferenciais e 7,42% (a R$ 11,29) nos ordinários.
O minério de ferro com entrega imediata no porto de Tianjin (China) subiu 1,1% nesta terça-feira, a US$ 46,10 por tonelada, maior patamar desde 16 de novembro de 2015, segundo dados do The Steel Index.
Outro destaque de alta foram as ações da Usiminas; as ações preferenciais A ganharam 4,44%, a R$ 0,94, e as ordinárias subiram 10,96%, a R$ 3,95.
As ações da siderúrgica mineira reagiram à informação de que, para evitar a recuperação judicial, a diretoria da Usiminas acertou a renegociação de cerca de metade da dívida de R$ 8 bilhões da companhia com os bancos credores, desde que os principais acionistas façam um aporte de U$S 1 bilhão (R$ 4 bilhões).
As ações da Petrobras perderam fôlego, seguindo os preços internacionais do petróleo. A ação preferencial caiu 1,77%, a R$ 4,44, e a ordinária perdeu 2,18%, a R$ 6,29.
Ainda sobre a estatal, o presidente da Petrobras, Aldemir Bendine, disse nesta terça-feira que a estatal pode recorrer a captações para equacionar o seu elevado endividamento. E o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), confirmou que a Casa analisará o projeto que permite à Petrobras abrir mão de ser a operadora única do pré-sal em determinados leilões de áreas de exploração de petróleo até esta quarta-feira (17).
Na Europa, após altas e baixas ao longo do pregão, as Bolsas fecharam no vermelho, com exceção de Londres (+0,65%), influenciadas pela queda do petróleo. A Bolsa de Paris perdeu 0,11%; Frankfurt (-0,78%), Madri (-0,51%) e Milão (-0,49%).
Em Nova York, na volta do feriado do Dia do Presidente, o índice Dow Jones ganhava 1,24%; o S&P 500, +1,54%; e o Nasdaq, +2,04%.
Na Ásia, as Bolsas chinesas estenderam sua recuperação nesta terça-feira (16), fechando no maior patamar em três semanas, impulsionadas pelo salto dos preços do petróleo nas sessões anteriores, pela alta das ações europeias na véspera e pela estabilização do yuan.
O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen, avançou 3,1%, enquanto o índice de Xangai teve alta de 3,3%, marcando seu melhor desempenho em três meses e meio.
O índice Nikkei, do Japão, subiu 0,2% um dia após disparar 7,16%, recuperando parte da queda de 11% sofrida na semana passada —a maior desde 2008.

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