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Petróleo dispara com possível corte de produção e impulsiona mercados

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O clima desta sexta-feira (12) é de recuperação nos mercados, com exceção da Ásia, após as perdas registradas ao longo da semana. A disparada dos preços do petróleo -que subia mais de 11% nos Estados Unidos e de 9% em Londres-

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 12.02.2016, 19:04:10 Editado em 27.04.2020, 19:53:00
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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O clima desta sexta-feira (12) é de recuperação nos mercados, com exceção da Ásia, após as perdas registradas ao longo da semana. A disparada dos preços do petróleo -que subia mais de 11% nos Estados Unidos e de 9% em Londres- levou as Bolsas europeias a fecharam com altas expressivas, assim como o Ibovespa.
Nos Estados Unidos, na reta final do pregão, os índices de ações operavam com altas superiores a 1%.
Declarações do ministro da Energia dos Emirados Árabes Unidos, Suhail bin Mohammed al-Mazrouei, alimentaram expectativas de corte coordenado na produção de petróleo e levaram os investidores às compras.
Segundo o ministro, a Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) está disposta a negociar um corte na produção.
Os preços do petróleo, que há cerca de um ano e meio estavam cotados acima de US$ 100 o barril, estão oscilando na casa dos US$ 30 em função do excesso de oferta.
Em Londres, o Brent ganhava 9,78%, a US$ 33 o barril; nos EUA, o WTI avançava 11,33%, a US$ 29,18.
Nesta quinta-feira (11), os preços do petróleo nos Estados Unidos atingiram as mínimas em 12 anos, depois de recuarem 5%.
Embaladas pelo rali do petróleo, as ações da Petrobras tiveram forte alta de puxaram o Ibovespa. A ação preferencial da estatal subiu 5,20%, cotada a R$ 4,45 e a ordinária ganhou 6,76%, a R$ 6,31.
O avanço da Petrobras contribuiu para o Ibovespa fechar com ganho de 1,25%, aos 39.808,05 pontos. O giro financeiro foi de R$ 4,495 bilhões.
No ano, porém, o principal índice da Bolsa paulista recua 8,17%.
EUROPA, ÁSIA E EUA
As Bolsas europeias encerraram com fortes altas, influenciadas ainda com os resultados positivos do Commerzbank.
O alemão Commerzbank voltou a ter lucro no quarto trimestre, e suas provisões contra inadimplência caíram. Além disso, o banco anunciou que, em meio à sua reestruturação, fechará o "banco ruim" de créditos podres, o que fez suas ações dispararem.
As ações do Deutsche Bank avançaram 11,8% nesta sexta-feira, após o banco informar que vai recomprar mais de US$ 5 bilhões em dívida, aliviando preocupações sobre seus títulos.
A Bolsa de Londres teve alta de 3,08%; Paris (+2,52%); Frankfurt (+2,45%); Madri (+2,25%); e Milão (+4,70%). O índice das principais ações europeias, o FTSEurofirst 300, ganhou 3,04%.
Nos Estados Unidos, na reta final do pregão, o Dow Jones avançava 1,80%, S&P 500, +1,90% e Nasdaq, +1,54%. O aumento das vendas do varejo em janeiro anima o mercado, em um sinal de que o crescimento econômico do país está acelerando após ter enfraquecido no fim de 2015.
Na Bolsa de Nova York, assim como na Europa, as ações de bancos --as mais afetadas devido a preocupações com o impacto de taxas de juros negativas e calotes de empresas do setor de energia-- são as que mais avançam.
O JPMorgan saltava mais de 4% após o presidente-executivo, Jamie Dimon, comprar mais de US$ 25 milhões de ações do banco.
Na segunda-feira (15), o mercado dos EUA ficará fechado para o feriado do Dia do Presidente.
A Ásia foi exceção, e os mercados de ações fecharam em baixa ainda reagindo às quedas de ontem na Europa e Estados Unidos.
O índice MSCI, que reúne ações da região Ásia-Pacífico com exceção do Japão, teve queda de 0,63%.
O índice Nikkei, do Japão, recuou 4,8% e atingiu o menor nível em 16 meses, fechando a semana com perdas de cerca de 11%, com a maioria dos investidores sendo pegos de surpresa nesta semana pela forte valorização do iene. Foi a pior semana desde a encerrada em 24 de outubro de 2008, quando o índice caiu 12,02%.
As bolsas da China e Taiwan não funcionaram em função das comemorações do Ano Novo Lunar e só abrem na próxima semana.
DÓLAR E JUROS
O dólar foi negociado em leve alta frente ao real nesta sexta-feira, influenciado pela trégua na aversão a risco nos mercados externos ao fim de uma semana de fortes turbulências, embora persista a cautela em relação à saúde da economia global e às perspectivas fiscais no Brasil.
No cenário local, investidores permanecem apreensivos com as perspectivas fiscais no Brasil, após o governo adiar para março o anúncio do corte no Orçamento de 2016. Operadores não gostaram das sinalizações de que o contingenciamento será menor do que o promovido nos últimos anos, em meio à recessão econômica.
O dólar à vista fechou em alta de 0,19%, a R$ 3,9878, enquanto o dólar comercial ganhou 0,17%, a R$ 3,9910.
No mercado de juros futuros, os contratos de DI para 2017 recuou para 14,420%, ante 14,475% na véspera, enquanto o DI para 2021 caiu de 16,120% para 16,060%.
"Com a estabilização dos mercados de ações e do petróleo, a busca por ativos mais seguros perdeu força", escreveram analistas do banco Brown Brothers Harriman em nota a clientes. Eles ressaltaram, porém, que a volta dos mercados chineses na segunda-feira (15), após feriado de uma semana, deve trazer novos elementos de incerteza.
Temores de que a fraqueza na economia chinesa e o tombo dos preços do petróleo contaminem a economia global vêm reduzindo o apetite por ativos de maior risco e pressionando moedas emergentes, como o real.

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